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Olavo Correia descarta desaparecimento dos relatórios dos fundos do Ambiente e do Turismo  

O ministro das Finanças, Olavo Correia, negou o desaparecimento dos relatórios sobre os Fundos do Ambiente e do Turismo, dentro do seu gabinete, garantindo que estão todos arquivados digitalmente e que não há nada a temer. Este é o mais um capítulo desta novela política em “exibição” no país.

O governante respondia aos jornalistas sobre o alegado desaparecimento dos Fundos do Turismo e do Ambiente, conforme declarações do coordenador da Inspecção, Renato Fernandes, que negou qualquer responsabilidade na divulgação dos documentos para a imprensa, antes da sua homologação. 

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“Os documentos hoje não desaparecem, são todos digitais. Podem desaparecer em papel mas os documentos estão todos arquivados digitalmente. E, portanto, não há desaparecimento de documentos. Quem diz isto, é quem está desactualizado com as novas tecnologias que existem hoje”, acusou o ministro das Finanças, citado pela agência de notícias Inforpress.

Correia afirmou que, enquanto Governo, foi decidido publicar apenas a homologação, sendo que todos os relatórios de inspecção serão apresentados depois. “Saíram antes da homologação, não deveriam ter saído. Infelizmente saíram, mas aquilo que importa neste momento é homologar o documento que já foi feito, será publicado e como não há nada por aí além, não temos nada a temer”,  sublinhou.

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Para Correia a decisão de mandar os relatórios para a Agência de Regulação das Aquisições Públicas, para o Tribunal de Contas e para o Ministério Público, foi no sentido de se evitar ruídos por parte daqueles que apelida de “engenheiros do caos”, que querem “tocar” a reputação do Governo para tirar vantagens eleitorais. “Mas infelizmente essa solução de causa/efeito tem estado a ser descontinuada e, portanto, não há aqui nada por aí além”, observou, repetindo que foi este Governo quem introduziu o princípio da publicação de relatórios.

“Nós estamos a criar uma cultura de publicação dos relatórios. Cabo Verde é referenciado como um País exemplar em matéria de transparência e da boa governação, temos uma agenda forte para reforçarmos este princípio, mas é normal que, quando são feitas inspecções, existam recomendações, irregularidades e algumas ilegalidades”, insistiu.

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O ministro das Finanças referiu que não tem nada a ver com corrupção, mas com o cumprimento de normas legais e adiantou que é normal que quem esteja a executar não tenha a mesma perspectiva de quem está a fiscalizar. “É por isso que temos recomendações para serem implementadas, para irmos aprimorando e reforçando as instituições que são fundamentais para continuarmos a acelerar a dinâmica de crescimento e desenvolvimento de Cabo Verde”.

Quanto à publicação dos relatórios diz que está em processo e que, após ouvir as partes envolvidas, serão encaminhados às entidades competentes para efeito de conhecimento e actividades consequentes. Olavo Correia assegurou que existe no País um ecossistema institucional que funciona de forma eficiente para poder controlar e promover a transparência na gestão da coisa pública.

C/Inforpress

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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