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Marítimos rejeitam proposta “injusta” de reforma do INPS

Os marítimos exigem do Instituto Nacional de Previdência Social  (INPS) a idade redução da idade de reforma para a classe, sem qualquer penalização e rejeitam liminarmente a proposta apresentada recentemente por este instituto. Por isso, o Sindicato de Metalomecânica, Transportes, Turismo e Telecomunicações pretende procurar, agora, o apoio do Governo para apresentar as reinvindicações desta classe que representa.

O Simetec vai solicitar uma audiência com o senhor Secretário de Estado da Economia Marítima, que se encontra sediado aqui na ilha de São Vicente, para não só lhe dar a conhecer os resultados deste Estudo do INPS e a posição dos marítimo em relação ao mesmo, como também um conjunto de outras preocupações e dificuldades que a classe enfrenta”, diz o presidente.

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O estudo apresentado pela Previdência Social e que foi rejeitado pelos marítimos apresenta três cenários para reforma. No cenário base, os marítimos podem reformar-se aos 65 anos, com a legislação em vigor. Nos dois outros cenários alternativos, apresenta-lhes a possibilidade de se reformarem aos 60 anos, com penalizado da taxa de reforma de 0,5% ao ano. O cenário 3, segunda alternativa, estes trabalhadores podem escolher reformar-se com idade compreendida entre os 60 e 65 anos. Aqui, a penalização será distinta, de acordo com a idade que optarem pela reforma.

O sindicato assegura que estes três cenários são prejudiciais para estes trabalhadores do mar e exige igual tratamento disponibilizado as outras classes, como dos professores, dos policias e das Forças Armadas que, diz Tomas Aquino, se reformam mais cedo e sem penalização. “A reinvindicação dos marítimos, no sentido de se diminuir a sua idade de reforma, é entendida e tratada no estudo como sendo uma reforma antecipada, logo com penalizações, o que não se afigura correto”, acrescenta.

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Outro aspecto que, de acordo com o presidente do Simetec, prejudica a carreira destes trabalhadores consiste no facto de, na base de dados existente, nenhum profissional do sector marítimo constar com mais de 18 anos nesta profissão, o que “reflete negativamente “nas pensões de reforma. Por isso, este sindicato exige do INPS “urgente esclarecimento” acerca da carreira contributiva dos marítimos.

Na audiência que será solicitada com o Secretário de Estado, este sindicato pretende colocar outras questões que preocupam esta classe caso, por exemplo, da ausência de uma grelha salarial e da precariedade dos contratos. Ainda, pedir informações ao Governo sobre o paradeiros dos processos de descontos efetuados no passado pelos marítimos.

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Sidneia Newton (Estagiária)

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. Os funcionários do INPS só querem benefícios para si mesmos: aposentação antecipada com 55 anos, subsídio de férias, de natal, presente para filhos. Esquecem-se que o dinheiro é de todos os contribuintes.
    Os marítimos têm uma profissão de risco e, à semelhança de algumas outras profissões, deveriam ter uma lei diferenciada em termos de aposentação (já os trabalhadores do INPS ficam sentados nas suas secretárias e querem se aposentar mais cedo…). Haja bom senso!

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