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Júlio Andrade denuncia “ataque inqualificável” contra Classe Médica

Júlio Andrade, ex-presidente do Conselho de Administração do Hospital Agostinho Neto na cidade da Praia, denunciou em uma publicação na sua página nas redes sociais aquilo que afirma ser um ataque inqualificável contra a Classe Médica, através do Decreto-lei n.11/2022 de 13 de abril. Segundo este médico, sob a capa de regulação dos preços nos estabelecimentos privados de saúde, está-se a nacionalizar o trabalho dos médicos e dos estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde. 

Este especialista em oftalmologia, que já desempenhou as funções de bastonário da Ordem dos Médicos, começa por criticar a direcção actual da Ordem, que acusa de ser incapaz de convocar uma Assembleia Geral para discutir este ataque inqualificável à Classe Médica, considerada no Decreto-Lei de especuladora pelo Governo e pelo Presidente da República. “Com este Decreto-Lei ficou claro que hoje, torna-se difícil, para não dizer impossível, prever as decisões dos políticos e dos governos”, frisa. 

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Júlio Andrade acredita que esta decisão vai afugentar potenciais investidores no Sector da Saúde e na modernização técnica dos cuidados diferenciados de Saúde. “Mais parece com o populismo dos extremos (da esquerda e da direita) que tem contaminado a governação em todas as latitudes, principalmente quando há déficit de robustez ideológica e de background político”, assevera.

Mostra-se particularmente perplexo com o seu partido, o MpD, esteja a enveredar por decisões demagógicas, retrógradas, que nem o comunismo primário, ortodoxo e estalinista teve coragem de tomar. “Esta medida faz retroceder Cabo Verde mais de 30 anos, regressando ao início dos anos 80, quando era proibido aos médicos o livre exercício da medicina privada”, acrescenta. 

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Este termina apelando ao Movimento para democracia para não perder a sua génese de Partido da Liberdade, de respeito pela propriedade privada e de livre iniciativa dos agentes económicos. Pede, por outro lado, a OMC a convocar uma Assembleia Geral com urgência para que a Classe Médica tome uma posição firme contra este terrível atentado à sua honra e dignidade.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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