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Governo demite Presidente do Conselho de Administração para reforçar eficiência da TACV

O Presidente do Conselho de Administração da TACV, Pedro Barros, vai ser substituído pelo Governo para reforçar a operacionalidade da companhia aérea, anunciou o Ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira, ao Jornal da Noite da TCV. Em causa os últimos acontecimentos relacionados com as duas aeronaves durante o último fim de semana, que obrigaram inclusive a que a tripulação tivesse de acionar o “may day” de emergência. 

Esta medida é o culminar das instabilidades no sector dos transportes aéreos domésticos, verificadas nas últimas semanas e acontece um ano após Pedro Barros e sua equipa assumir a gestão da TACV, com a missão de fazer um bom mandato, segundo palavras do vice Primeiro-ministro, Olavo Correia, por altura da sua posse. Agora é o próprio Governo a anunciar a sua substituição.

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“Pedro Barros não pediu demissão. O que há é, de facto, um acordo para a mudança da governança da empresa. Isto quer dizer o quê? Significa que vai haver mudança a nível do Conselho de Ministérios. Sairá, portanto, alguns administradores, já ficarão outros e haverá mudança a nível do Conselho de Administração”, declarou o ministro que tutela o sector dos transportes. 

Segundo Sá Nogueira, esta mudança tem a ver com a necessidade de reforçar a eficiência da performance de funcionamento da TACV. Este garantiu, por outro lado que, que estão em Toulouse, França, dois ATRs, que devem chegar ao país já na próxima semana. Numa primeira fase, os dois aparelhos vão ser operados pela transportadora aérea, enquanto as Linha Aéreas de Cabo Verde aguardam certificação, assegurou. “A empresa já tem quase todos os processos aprovados pela Autoridade da Aeronáutica Civil, o que significa que, chegando as duas aeronaves, mesmo entrando na TACV, poderão em 15/30 dias ser transferidos para as Linhas Aéreas de Cabo Verde.”  

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O governante indicou que foi feita uma projecção, com base no estudo de viabilidade, com base em dados históricos, que indica que com duas aeronaves, até três, é possível, a empresa poderá dar uma boa resposta. “Mas a demanda está muito aquecida neste momento no mercado. Já ultrapassamos os números de 2019, antes da pandemia em termos de demanda. Significa que, o próprio estudo previa a possibilidade de três aeronaves – e esta já está sendo trabalhada para vir -, mas estou convencido que não vão ser suficientes”, constatou.

A TACV, refira-se, tem reprogramado os voos para minimizar os transtornos, inclusive recorreu aos Boeings para escoar passageiros das ilhas onde existem aeroportos internacionais, Santiago, Sal, São Vicente e Boa Vista e a navios para dar resposta aos retidos nas ilhas que têm aeródromos.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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