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Em dúvida participação de A. Oliveira na próxima sessão da AN a partir da cadeia de Ribeirinha

A participação do deputado Amadeu Oliveira na sessão parlamentar que começa amanhã está ainda rodeada por um grande ponto de interrogação. Segundo Dora Oriana Pires, dirigente da UCID, o Parlamento ainda não comunicou ao partido se criou as condições para o jurista poder acompanhar e intervir no encontro a partir da cadeia de Ribeirinha, onde está detido preventivamente.

Em conferência de imprensa, a porta-voz da UCID assegurou que Oliveira é um deputado “em pleno” e que não há nenhum entrave nos trâmites processuais do seu caso que o impeça de participar na sessão da Assembleia Nacional. A deputada assegurou, entretanto, que Amadeu Oliveira justificou a sua ausência dos encontros da Comissão Permanente e que o seu estado de saúde é estável neste momento. Adiantou, entretanto, que Oliveira deve ser submetido a uma cirurgia para adaptar um aparelho devido ao seu problema cardíaco.

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O aumento do custo da energia, os problemas associados ao ensino e a composição das comissões especializadas são os pontos mais salientes dos questionamentos que a UCID vai levar ao Parlamento. O partido, segundo Dora Oriana, fez uma série de visitas a empresas e às escolas para se preparar para o debate político com o Governo, tendo centrado uma especial atenção ao sector da Educação. Neste sentido, os democratas-cristãos vão questionar o ministro Amadeu Cruz sobre a situação de escolas sem águas corrente e sem casa-de-banho, ainda mais neste período de pandemia. Além disso, o partido quer saber como será tratada a progressão na carreira dos docentes, o sistema de avaliação, a permanência de alunos de 17/18 anos que não querem estudar e perturbam os colegas. Para a UCID, o Governo deve procurar alternativas para esses jovens, se não querem estudar, como, por exemplo, integra-los em programas de formação profissional.

Um ponto que a UCID promete levar ao Parlamento e que pode dar azo a um aceso debate tem a ver com uma alegada indicação superior para os professores fazerem de tudo para assegurar a transição de ano dos estudantes, principalmente os do ensino secundário. Para isso os professores tiveram que juntar notas e propiciar provas de recurso até garantirem a aprovação dos estudantes, segundo Dora Oriana.

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Sobre o aumento do custo da energia, a UCID vai voltar a exigir a aposta nas energias renováveis e o saneamento da Electra, que tem um passivo de 11 milhões de contos, visando a descida do preço da electricidade. O partido questionou, entretanto, como é possível os beneficiários de tarifas especiais passarem a pagar 50% da factura, quando antes era trinta, e, no entanto, a ARME anunciar que podem ficar a pagar menos. A UCID quer saber quais as contas feitas para a agência chegar a essa conclusão.

A UCID vai também confrontar o presidente da AN com a composição das comissões especializadas, que, este ano, não integram deputados dos democratas-cristaos. Para a UCID esse facto fere o regulamento do Parlamento, que defente a integração de todos os partidos presentes na casa parlamentar, quando só foram levados em conta representantes do PAICV e MpD.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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