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Dia Mundial da Segurança Social: USV diz que contribuintes ainda pagam para ter saúde em Cabo Verde

No Dia Mundial da Segurança Social, 8 de Maio, a União dos Sindicatos de São Vicente pediu ao Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) para se preocupar também com a sustentabilidade e o bem-estar dos beneficiários que contribuem para o sistema, pagam impostos e ainda são obrigados a pagar para ter saúde. Tomás de Aquino fez esta constatação a margem de uma conferência de imprensa para reagir a entrada em vigor do novo Regime Jurídico do Seguro Obrigatório de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais. 

Apesar de não ter preparado nenhuma comunicação, este dirigente sindical aproveitou para parabenizar o INPS pela realização de um workshop hoje, na cidade da Praia, sob o lema “Um olhar sobre as Pensões”. Mas desafiou o instituto a alargar este olhar para outras questões da Segurança Social, designadamente para a inscrição dos trabalhadores, entre os quais os marítimos e os colaboradores de outras instituições públicas e privadas que ainda não têm cobertura da Segurança Social. 

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O sistema deve dar atenção às este aspecto e também às prestações em relação a assistência médica. Consideramos que neste momento o INPS cobre apenas o básico e, muitas vezes, nem isso”, declarou o presidente da USV, realçando que, por conta do acordo com o Ministério da Saúde, os beneficiários do Sistema de Segurança social são tratados pelo serviço público da saúde. Porém, diz, os hospitais centrais e centros de saúde não dispõem de meios para dar vazão aos pacientes em termos de exames complementares de diagnósticos que, na sua grande maioria, não tem cobertura do INPS.

São exames feitos apenas por privados. “Entendemos que é chegado o momento de se reflectir também sobre esta questão e adoptar medidas para satisfazer as necessidades das pessoas. O INPS tem uma preocupação enorme com a sua sustentabilidade, mas acho que também deve preocupar com a sustentabilidade e o bem-estar dos beneficiários que contribuem para o sistema, pagam os impostos e ainda são obrigados a pagar para ter saúde. Fica difícil, sobretudo no momento actual”, acrescenta. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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