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PAICV volta a denunciar caos nos transportes marítimos: “População está sitiada e em desespero”

Os deputados do PAICV eleitos por São Vicente convocaram a imprensa este sábado para voltar a denunciar o caos nos transportes marítimos. De acordo com João do Carmo, a população está a sentir-se sitiada e em desespero no seu próprio país, enquanto o Governo continua com o discurso “do vamos fazer”.

Este deputado tambarina começou por apontar como exemplo os moradores da Brava que, afirmou, estão em situação de desespero. “O próprio presidente da CM da Brava manifestou desespero do seu povo, enquanto isso assistimos o ministro dos Transportes Marítimos, Abraão Vicente, carnavaleando pelas ilhas, abrindo mão de responsabilidades neste sector, no arquipélago.”

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Aproveitando que a CI foi no Porto Grande de São Vicente, João do Carmo para mostrar alguns barcos, segundo ele operacionais, caso por exemplo do navio Praia d’ Aguada, que se encontra atracados, nula altura em que a concessão tem apenas duas embarcações a operar nos mares de Cabo Verde. “A Cabo Verde Interilhas tem apenas os navios Chiquinho BL, que faz exclusivamente a linha Santo Antão – São Vicente, e D. Tututa, que está constantemente com avarias.” 

Por conta disso, afirma, a ligação entre as ilhas está a ser feita por armadores nacionais, caso da empresa Polaris que está a “tapar” os buracos deixados pela concessionaria. Este facto, do seu ponto de vista, vem mostrar mais uma vez a importância de se preservar os armadores nacionais. “O Governo claramente errou no processo deste concurso. A concessionaria não trouxe os cinco barcos previstos, o que obriga os armadores nacionais a tapar os buracos.”

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Esta situação leva este eleito nacional a questionar, uma vez mais, o executivo sobre o paradeiros destes cinco navios contratualizados. Interroga, igualmente, a tutela de a divida para com a concessionaria ascende aos 9,5 milhões de contos, conforme reivindicada por esta. “Queremos saber como está a situação da divida para com a CVI ? Como está a revisão do contrato da concessão?”, pontua, realçando que é urgente que o Governo venha esclarecer a população.

Para Do Carmo, os cabo-verdianos não podem continuar com dificuldades para se deslocar entre as ilhas, acrescentando que a situação da Brava é de desespero, a situação não é melhor com as ilhas de São Nicolau e do Fogo. Neste sentido, pede ao Governo para cumprir com as suas responsabilidades, ou seja, que faça tudo para que as ilhas tenham ligações marítimas e o povo deixe de sofrer.  

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Em jeito de remate, o deputado diz que os navios Liberdadi, Kriola e Praia d’ Aguada pertencem ao Estado. No caso deste último, afirma, só não está a operar porque o Governo alega custos de funcionamento para o manter parado, enquanto a população está sitiado. “Não entendemos a decisão do Governo de deixar ePraia d’ Aguada parado, com esta capacidade, parado aqui em SV.”

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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