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Covid-19 volta a trair: Desta vez quem foi a amante?

Pode parecer “politiquice” em tempos de crise, pode parecer “teoria da conspiração” de uma mente perturbada, pode parecer o que for, mas felizmente “nem tudo o que parece é”. Então, ainda não “caiu a ficha” das esposas “cololas”? Ainda não viram que, afinal, o marido continua a fazer-vos “promessas de campanha”?

Minha gente! Deixemos as preferências políticas de lado – que acreditem ou não e se quiserem, sequer tenho! – e reflitamos juntos pois este é um assunto muito sério e estamos a ficar sem tempo para amadorismo.

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Corrijam-me se estiver errada: depois do caso de São Vicente, o “marido” não prometeu que doravante iria ter mais “cuidado” e “pulso” com as amantes? Não nos tinha tranquilizado dizendo que, a partir de então, qualquer caso com sintomas respiratórios iria ser “isolado” na abordagem até se descartar a hipótese de Covid- 19? Afinal não foi por isso que se criou tendas de atendimento nos centros de saúde e hospitais para situações do género, com enfermeiros e médicos “armados até aos dentes” com vestuário especial e demais equipamentos de proteção? Ou isso tudo foi só “filme de terror” para assustar as esposas “medrosas” ou conversa pra boi dormir

“Corrijam-me se estiver errada: depois do caso de São Vicente, o ‘marido’ não prometeu que doravante iria ter mais ‘cuidado’ e ‘pulso’ com as amantes?”

Infelizmente, parece que sim. Como se explica que, depois do caso de São Vicente – que todos nós conhecemos e bem, pese embora as desculpas “farrapadus ki dadu”-, e depois daquele espetáculo televisivo do equipamento de “guerra” dos profissionais de saúde, ainda alguém com sintomas respiratórios circule por aí num hospital para fazer exames? Estamos a brincar ou quê? E o Senhor Diretor Nacional de Saúde – que até então tinha em muita alta conta – ainda nos diz, com a cara mais deslavada do mundo, que só poderia ser tratado como caso suspeito depois de ser suspeito!! What?! Precisavam de teste para ver se era suspeito? Para tomar precauções não bastava os sintomas respiratórios? “Keli é ki trossa ki nu sta na el?”

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E mais: reparem, mais de 24h depois e ainda não se sabe a fonte da contaminação!! “A sério”? Que eficiência! Ainda não perguntaram ao indivíduo se esteve ou não em contacto com um caso confirmado ou com alguém que tenha vindo de um lugar com casos confirmados de Covid-19? “Mesti inxinadu padre dá missa?” Precisam de quanto tempo para fazer isto? Esposas “malucas”, pensem pelas vossas cabeças: na conferência de imprensa de ontem, na qual anunciou o caso, o Senhor Diretor Nacional de Saúde não devia ter estado em condições de pelo menos responder essa questão? Ou estão a fugir do senhor infetado com medo do contágio? Ora essa! Santa Paciência! “Trabadjo di casa ta fazedu na casa i antis di aula”. 

“A criança faleceu e pelo que sei havia pelo menos 1% de hipótese de ser devido ao Covid-19 – sim, digo apenas 1% porque se disser mais, ou se disser que era mesmo um caso suspeito de Covid, iria levar uma bronca do Senhor Diretor Nacional de Saúde”

Vejam mais: ainda relativamente a esse caso, o país inteiro já tinha dois cenários sobre a mesa: contágio através do PJ ou da esposa que alegadamente teria vindo da Boavista. E só hoje estão em condições de afastar apenas uma dessas hipóteses. E a outra? Estar-se-á a ocultar a fonte para não se deixar ver as falhas que terão estado na sua base? Terão culpa as amantes? Claramente que sim! No entanto, e mesmo assim, vou exigir satisfações ao marido porque foi com ele que me casei. Quero que ele castigue essas amantes irresponsáveis e egoístas de forma exemplar, para que não mais se repita.

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De todo o modo, é caso para se dizer: nesse mato há coelho, e dos grandes. Só quero ver quando os “filhos do coelho” começarem a aparecer e suas “bostas” começarem a cheirar.

E mais: o caso da criança que faleceu na madrugada de hoje no hospital. A criança faleceu e pelo que sei havia pelo menos 1% de hipótese de ser devido ao Covid-19 – sim, digo apenas 1% porque se disser mais, ou se disser que era mesmo um caso suspeito de Covid, iria levar uma bronca do Senhor Diretor Nacional de Saúde, pois que ainda não tinha sido considerado e contabilizado como caso suspeito!! E o que fazem desde logo as nossas autoridades em termos de prevenção? Absolutamente nada! NADA minha gente! 

“Senhor Diretor Nacional da Saúde, assim vai mesmo ficar atleta de tanto ‘correr atrás do vírus‘! Mas, por mais que corra, vai ficar sempre atrás dele, isso se ele não se virar e correr na sua direção! Deus não permita!”

Graças a Deus o teste da criança deu negativo! Graças a Deus! Caso contrário, o pai da criança, que até chegou de ser celebridade numa entrevista antes do resultado do teste, teria criado risco para muitas pessoas. Estamos a brincar e a contar com a sorte! E olha que ela é ingrata! Então, o senhor e toda a sua família não deviam ter sido imediatamente isolados até se ter o resultado do teste da criança falecida? Só isolam depois do resultado positivo? E até lá o caso que era contacto já contactou mais de mil! 

Senhor Diretor Nacional da Saúde, assim vais mesmo ficar atleta de tanto “correr atrás do vírus”! Mas, por mais que corras, vás ficar sempre atrás dele, isso se ele não se virar e correr na sua direção! Deus não permita! Até eu que entendo muito pouco disto, já que não sou da área da saúde, consigo ver que o mais eficiente e razoável seria mesmo na presença de caso apenas suspeito, isolar de imediato também os contactos mais próximos, até se ter o resultado, que demora horas cruciais nessa batalha. Afinal, 1 + 1 não é 2? E os mais informados me diriam um “NÃO” bem redondo, pois no caso da Covid-19 1 + 1 são 9, para não dizer 90. 

“Essa não é uma luta para ser travada com jogadores da segunda divisão, com ‘soldadinhos’; temos de acionar a ‘TROPA DE ELITE’ já!! Isso se a tivermos.”

Minha gente, esse jogo precisa ser virado; as peças do xadrez precisam ser substituídas porque já dão mostras de cansaço, para não dizer incompetência! E é preciso fazer isso JÁ, URGENTEMENTE!! Essa não é uma luta para ser travada com jogadores da segunda divisão, com “soldadinhos”; temos de acionar a “TROPA DE ELITE” já!! Isso se a tivermos, é claro. “Marido”, permito que me enganes só desta vez; diga-me por favor que temos uma “tropa especial”, uma “tropa de elite” capaz de fazer um “bom combate”, porque senão estamos “feitos ao bife”.

Coloquem, por favor, profissionais de saúde competentes à frente dessa luta; não guardem o “melhor vinho” para o final da festa porque podemos corremos o risco de não termos tempo para o beber; Ah! E não poupem testes pelo amor de Deus porque senão as pessoas morrem antes dos testes ou serão tantos a precisar de teste que não chegarão para todos na mesma. 

Vamos ser sérios. Infelizmente “cabeças tem ki rola”. Cabo Verde tem gente competente. Eu sei que tem. Deixemos o amiguismo de lado e coloquemos o país em primeiro lugar. Vamos travar essa batalha com quem, mais do que vontade, tenha condições para o fazer. E, quando digo condições, quero dizer competência, capacidade para tal. Estamos a ficar sem tempo! Não quero ouvir discursos. Quero ver ações acertadas. Experimentalismo não vai dar bom resultado. Vamos escolher bem os lideres desse jogo, se a queremos ganhar. Dessa forma, senhor Diretor Nacional da Saúde, não teremos nem vitória “ki fazi ‘boa vitória’”, como disse.  

Para terminar quero pedir a Deus que ilumine o “marido”, para que tome as decisões que cumpre tomar, com firmeza, antes que se comprometa tudo. Pedia também que iluminasse as amantes, para que nos provem que afinal sabem pensar no TODO.

Aquele abraço de sempre

Di “Badjuda brabu”

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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6 Comentários

  1. Esta Badjura Brabu deveria escrever todas as semanas, porque dá prazer ler os seus textos. São muito bem escritos e vai de encontro a realidade/verdade.
    Muito bem!

  2. Uhau…Que Lindo! Este marido vai trair muito até o final desta época.
    Palavras TOP!
    Mas assim que possível vamos correr com este maridinho.

  3. Vou colar duas recomendações sobre como ponderar o Diagnostico CLINICO/ RADIOLÓGICO/LABORATORIAL do SARS Cov-2 e um único teste de polimerase “negativo” : * If initial testing is negative but the suspicion for COVID-19 remains, the WHO recom mends re-sampling and testing from multiple respiratory tract sites 
V. ( Consenso de Pneumologia internacional do COVID19 )
    * sin embargo teniendo en cuenta la posibilidad de que se produzcan falsos negativos en la detección por ácido nucleico, los casos cuyas características coincidan con las del coronavirus tras realizar el TAC pueden considerarse como positivos incluso aunque la prueba de ácido nucleico haya dado negativo. En tales casos, se deberá proceder al aislamiento del paciente y realizar varias pruebas con toma de muestras de forma frecuente. (do Handbook of COVID19 Prevention and Treatment (standard).
    Então, considerando as recomendações dos estudos a nível internacional , me subscreveu ao profissional da saude na hipóteses de COVID19 no Diagnostico da criança falecida na Pediatria do HAN , com clinica de gastroenterites seguido de pneumonia bilateral com “X ” % de campos pulmonais comprometidos que evoluiu a SÍNDROME de INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA (SDRA) em contexto de PANDEMIA por SARS Cov-2 , ate’ , não encontrar-se o gérmen gatilho que desencadeou o SDRA , ter o resultado da autopsia e as provas de laboratório serem cotejada , seja realizado o teste aos pais , se conheça o risco epidemiologico dessa família ,e …porque um único teste realizado em condições de desidratação da criança com independência da zona do trato respiratório onde foi realizada da recomendada , e’ prematuro ter descartado o SARS Cov-2 na Criança falecida ,alias nem chegou a ser anunciada Caso Suspeito ,tal vez nem contabilizada na estatística destes ,porem e’ indiscutível o status de Caso SUSPEITO e so’ descartar caso confirmado a pós de colegial com a OMS , atraves de seu representante na Cv ,pois não se trata de matemática .

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