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Covid-19: Mais de 150 brasileiros estão retidos na Tailândia

Mais de 150 brasileiros estão retidos na Tailândia, na sequência do cancelamentos dos voos por causa do coronavírus. A Embaixada do Brasil em Bangcoc está tentando organizar um voo fretado para a repatriação desses brasileiros. A representação diplomática diz ter conhecimento de  pessoas retidas também em Laos e Camboja. 

“Ainda não está confirmada a autorização de contratação do voo pelo governo brasileiro. Estão sendo estudadas as formas mais eficientes de realizar a operação”, explicou a embaixada em nota. “Não há previsão de datas, mas considera-se que uma possível confirmação oficial ainda levará dias”, acrescentou.

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O Itamaraty alerta que serão consideradas para o embarque somente as pessoas que preencheram o um formulário oficial da Embaixada. Entre os retidos há um grupo  que viajou para fazer um curso de meditação na Tailândia há cerca de duas semanas, quando a propagação do covid-19 ainda não parecia ameaçar o país. Tudo seguia bem até que chegou um aviso de que o voo de volta no sábado, 28, estava cancelado.

Mariana Carvalho, de 28 anos, já deveria ter voltado ao trabalho na segunda-feira, 30, mas ainda não sabe quando conseguirá embarcar para Três Rios (RJ), onde mora atualmente.“Recebemos um comunicado no dia 25. Cancelaram o voo e disseram que iriam parar de operar. Teve gente que não recebeu o comunicado de cancelamento e chegou a ir ao aeroporto”, conta esta mineira.

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Diante da falta de resposta da companhia aérea, Mariana, que está acompanhada pela mãe, comprou passagens de volta para as duas por outra companhia por R$ 10 mil cada uma, mas nem assim está segura de que voltará no sábado, 4. “Eles cancelaram o voo do dia 2 e os passageiros estão sendo remanejados. Está todo mundo nessa incerteza. Não sei se o nosso voo está mantido ou não”, afirma.

Mariana conta que é difícil ter acesso às informações sobre a situação da pandemia no país, que recebe muitos turistas e tomou medidas de restrição de voos em uma tentativa de evitar a propagação do Sars-Cov-2. “A situação está relativamente sob controle no país. Falamos inglês, mas não é algo que ajude muito. Nós nos comunicamos muito por mímica, porque é difícil achar quem fale inglês e quando falam têm uma maneira muito própria, que dificulta a compreensão.”

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Na casa, o grupo mantém uma rotina: medida duas vezes por dia, faz as refeições juntas e divide as tarefas. A líder, a terapeuta Luciana Fiel, tinha previsto voltar para a Índia, onde mora, e de lá seguir para o Brasil para visitar a família. Os foram cancelados e Luciana aguarda ajuda da embaixada brasileira para encontrar um voo que a leve direto ao Brasil.

C/Globo.com

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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