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Covid-19: EUA sinaliza Cabo Verde como país de “alto risco”

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos colocou Cabo Verde no nível 4, ou seja de alto risco, país para o qual não recomenda viagens por causa da Covid-19. O arquipélago faz parte de uma lista de 34 países considerados críticos por causa do elevado nível de propagação da doença.

A lista foi actualizada na passada segunda-feira, com o Departamento de Estado dos EUA a ampliar significativamente o número de países para os quais desaconcelha viagens aos seus cidadãos. Há 34 destinos no nível 4, incluindo Cabo Verde. Entre os lusófonos estão ainda Brasil e Moçambique, que se juntam à Argentina, Haiti, Rússia, Tanzânia, Quénia e Kosovo. Esta lista deverá, entretanto, ser alargada, podendo chegar a 89% dos países do mundo com restrições de viagens.  

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O governo norte-americano justifica esse procedimento dizendo que pode haver um risco “sem precedentes” para os viajantes devido a pandemia, mas esclarece que a mudança não significa uma reavaliação da situação sanitária de países específicos.

Segundo o Departamento do Estado, a ampliação “reflete um ajuste” no seu sistema, que dará mais peso às avaliações epidemiológicas feitas pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Além da taxa de infecção, é considerada a disponibilidade local de testes e tratamento.

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Este pediu também aos americanos que tenham feito planos de viagens internacionais para reconsiderem sua decisão, mesmo para países fora do nível 4. A maioria dos americanos, refira-se, já está impedida de viajar para a maioria dos países da Europa devido a restrições ligadas à pandemia. O governo dos EUA impede, igualmente, a entrada de praticamente todos os não cidadãos americanos que estiveram recentemente na maior parte da Europa, no Brasil, na China, na África do Sul e no Irão.

Vacinação acelerada

Os Estados Unidos são um dos países cuja campanha de vacinação avança com mais rapidez no mundo. No domingo, o CDC informou que quase 130 milhões de pessoas com 18 anos ou mais tinham sido vacinadas com pelo menos uma dose, o que representa 50,4% de todos os adultos do país. Cerca de 84 milhões, ou seja 32,5% da população adulta, já estavam completamente imunizados com as duas doses das vacinas que requerem duas aplicações, seja com uma dose única do imunizante da farmacêutica Johnson & Johnson.

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Ao todo, os EUA aplicaram 109 milhões de doses da vacina da Pfizer-Biontech, 92 milhões de doses do imunizante da Moderna e 7,9 milhões da vacina de dose única da Johnson & Johnson.

bl/cn (Reuters, AP)

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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