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Comandante do navio Meteoro sublinha importância do nível da segurança marítima em C. Verde para Espanha

O Capitão Iñigo Franco Moreu considerou hoje que a segurança da comunidade internacional e da própria Espanha depende em grande escala do nível de controlo de C. Verde das actividades ilícitas capazes de ocorrer nas águas marítimas neste corredor do Atlântico, como, por exemplo, o narcotráfico. O oficial espanhol fez este pronunciamento a bordo do navio de guerra Meteoro, que está atracado no Porto Grande desde o dia 6 e que deve zarpar para o Golfo da Guiné depois de amanhã.

Durante estes dias em S. Vicente, esta unidade da Armada Espanhola encetou uma série de exercícios de cooperação militar com os fuzileiros navais e a própria Guarda Costeira, visando aumentar a capacidade de ação dos operacionais das Forças Armadas de Cabo Verde. Segundo o Comandante da embarcação, os treinos realizados englobam actividades de busca, controlo de acessos, abordagens a outras unidades marítimas e manutenção de motores.

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“Não podemos avaliar neste momento o nível efectivo de segurança marítima em C. Verde, mas o certo é que quando navegamos por estes lados estamos a contribuir para aumentar essa segurança”, frisou Moreu, para quem a forma primordial de C. Verde ajudar a comunidade internacional é garantir um bom nível de controlo do tráfego marítimo nas suas águas. Relembra que está instalado o serviço COSMAR (Centro de Operações de Segurança Marítima) na Cidade da Praia, que faz coordenação com a Guarda Costeira para darem resposta a casos de narcotráfico e de emigração ilegal.

A melhor forma que o navio Meteoro pode ajudar C. Verde nas suas missões, conforme o Comandante desta unidade, é recebendo pelo menos um oficial da Guarda Costeira a bordo para acompanhar as actividades e ver como actuam. Só que, acrescenta, não foi possível concluir este procedimento desta vez porque o expediente foi muito apertado. “Mas contamos fazer das próximas vezes porque temos planificado uma missão anual com escala no Mindelo ou na Praia”, relata Iñigo Moreu, que lidera uma tripulação de setenta militares.

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A próxima paragem é o Golfo da Guiné com o objectivo de garantir a segurança dos barcos de pesca que têm estado a ser alvos de pirataria, principalmente pelos lados do Níger. “Esta é uma zona em que as frotas mercantes e de pesca sofrem ameaças e há casos de contrabando e tráfico”, salienta a citada fonte.

“Meteoro” (P-41) é o primeiro de quatro barcos construídos pelos estaleiros de Navantia (San Fernando – Puerto Real) entre 2009 e 2012. O projecto visou responder à necessidade da Armada Espanhola de renovar sua frota com unidades modernas e dotadas de tecnologia avançada e um alto número de automatismos.

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Posto à disposição da Armada Espanhola no dia 28 de julho de 2011, tem realizado missões militares de combate a ameaças tanto assimétricas como convencionais, sendo especializado em vigilância e neutralização de ameaças marítimas. Dispõe para o efeito de 6 drones, que são lançados quando houver boas condições de tempo para recolher informações em alto mar.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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