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Cabo Verde sem novos casos suspeitos de Covid-19: Mais de uma centena e meia de pessoas em quarentena em São Vicente

Não há registo de nenhum novo caso de coronavírus em Cabo Verde nas últimas 24 horas, avançou o Director Nacional de Saúde, Artur Correia, que voltou a confirmar que as amostras dos sete suspeitos ligados à cidadã chinesa internada no hospital de São Vicente deram resultado negativo. Já as amostras das duas pessoas sob observação na ilha da Boa Vista ainda não chegaram à Capital. 

Artur Correia informou ainda que, a nível nacional, há neste momento pessoas em quarentena domiciliar nas ilhas de S. Vicente e da Boa Vista. As na cidade do Mindelo são decorrentes do inquérito epidemiológico em curso ligado à chinesa contaminada e cuja situação foi detectada na sexta-feira. “Temos 129 pessoas em quarentena domiciliar em São Vicente. Na Boa Vista temos as pessoas que estavam num dos hotéis e que continuam em regime rigoroso de seguimento em casa por parte das autoridades sanitárias para poderem cumprir com sucesso essa quarentena que começou no hotel e que vai se prolongar ainda por 14 dias a nível domiciliar”, revelou

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Já em quarentena obrigatória, são 222 na cidade da Praia, mais as pessoas que estão no Hotel Rio Karamboa na Boa Vista e 30 em S. Vicente, estas últimas são na maioria profissionais de saúde que cuidaram da chinesa que testou positivo. Correia aproveitou para fazer um reconhecimento público aos técnicos de laboratório, farmacêuticos e ajudantes de serviços gerais que, afirma, têm tido um papel importante no apoio operacional ao processo. 

Igualmente fazemos uma homenagem ao Corpo dos Bombeiros que tem apoiado no transporte onde tem acontecido casos suspeitos e que foram sujeitos ao isolamento. O nosso reconhecimento porque estão a por em risco a sua saúde. E fazem isso de forma desinteressada, com rigor, cumprindo as suas obrigações profissionais, mas é sempre de bom tom reconhecer o seu trabalho”, acrescentou o Director Nacional da Saúde.

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Questionado sobre possível  falta de profissionais de saúde, sobretudo em São Vicente, onde cerca de duas dezenas estão de quarentena, Correia tranquilizou, dizendo que já foram recrutados perto de uma centena de enfermeiros e médicos para responder a demanda. O DNS tem ainda uma lista de necessidades já preparado para solicitação juntos dos parceiros

INSP reforça medidas de confinamento 

A presidente do Instituto Nacional da Saúde Publica, que acompanhou Artur Correia na conferência de imprensa, aproveitou para reforçar a importância das medidas de confinamento domiciliar e de distanciamento social. Segundo Maria da Luz Monteiro, tem sido reportado ao Instituto participações em actividades, nomeadamente festas e funerais por parte de várias pessoas, o que não ajudam em nada a prevenção.

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Sabemos que o cabo-verdiano é muito afectuoso. Mas, neste momento, por questão de epidemia e de um problema de saúde pública, que é muito sério, alertamos para que os funerais sejam acompanhados apenas pelos familiares próximos e que as visitas se façam virtualmente ou por telefone”. 

Quanto aos pedidos para uso de máscaras pelos cidadãos, Maria da Luz disse que o mais importante é lavar as mãos várias vezes por dia com água e sabão e utilizar álcool-gel. De acordo com esta responsável, estas medidas são fundamentais para evitar a propagação do vírus e devem constituir uma aposta.  Já em relação ao website Covid-19, que é gerido pelo Instituto, esta explicou que o mesmo será brevemente reforçado com outras ferramentas. 

Quanto às criticas de que está não está actualizada, porque ainda não refere o doente recuperado, a presidente do INSP disse que há critérios para se considerar  um paciente de Covid-19 recuperado. “Primeiro, para ter alta precisa ter pelo menos dois exames negativos. No caso, o feito ontem deu negativo, mas terá de fazer outro nos próximos 24 horas ou 48h. Só depois poderá ser dado alta. Mas mesmo assim continuará em seguimento por 14 dias. Ao fim desse tempo, se não tiver nenhum sintoma, é considerado recuperado.”

Constança de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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