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Cabo Verde regista 6 óbitos por Covid-19 no espaço de um mês

Cabo Verde registou num mês seis mortes devido a doença Covid-19. Aparentemente parece “pouco”, mas perdas de vida humana, ainda que seja apenas uma, representa tudo para os familiares. E neste momento pelo menos duas pessoas estão em estado grave, segundo o DNS, que aproveitou para explicar que o número de doentes sem sintomas é muito superior aos que desenvolveram a doença.

Segundo Artur Correia, apesar do número de infectados, os doentes recuperados chegam aos 57 por cento. Animador até certo ponto porque isto significa que a grande maioria das pessoas não desenvolve a doença e ficam imunizadas contra o vírus. Porém, o problema são os que contraem e desenvolvem a doença e acabam por falecer.

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Importa referir que se regista por agora 440 casos activos. Desses, cerca de 74% não apresentam sintomas da doença. Os restantes 26% estão internados com sintomas leves, revelou ontem o DNS na habitual conferência de imprensa. Este destaca, no entanto, as pessoas que fazem parte dos grupos de risco – designadamente os portadores de doenças como hipertensão, diabetes, cancro ou outras – e que não dependem da idade das vítimas.

Admite, entretanto, que pessoas com idade acima de 60 anos são muito vulneráveis. No caso de Cabo Verde, os até agora oito óbitos da Covid19 acumulados desde Março deste ano são pessoas com idades compreendidas entre 31 e 92 anos. Esta disparidade de idades mostra que ninguém está a salvo, se não adoptar as simples medidas de prevenção como lavar as mãos com água e sabão, usar máscaras quando está em lugares com aglomeração, acima de tudo manter distância com as pessoas de pelo menos um metro e meio.

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Entre a previsão e a tendência de casos

Recorda-se que em Março último foi realizado um estudo em Cabo Verde. Este sinalizou que, se não se adotasse medidas de prevenção, o número de infectados e doentes poderia chegar a 39 mil casos e mais de 400 mortes. Perante este cenário, este jornal digital confrontou o DNS com o aumento de casos positivos, numa altura em que o país se prepara para abrir as suas fronteiras internacionais, já no dia 01 de julho. Isto porque, com uma maior mobilidade de pessoas, as hipóteses de alcançar as previsões do estudo são muito maiores.

O Director da Saúde garantiu que tudo fará para que não haja mais mortes ou pelo menos para que estes sejam minimizados. Aliás, todo o trabalho do ministério da Saúde vai neste sentido. Por isso mesmo, as exigências de uso de equipamento de protecção individual como máscara e álcool gel, sendo certo, no entanto, que as pessoas mais carenciadas têm maior dificuldade em se proteger. Sobre este particular, é um facto que o Governo tem distribuído equipamentos de protecção civil às famílias vulneráveis. A própria sociedade civil também contribui com a oferta de máscaras e géneros alimentícios.

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Contudo, este é um esforço para continuar por forma a que este combate tenha sucesso, isto é, se consiga vencer o vírus. De referir que esta é uma luta de todos, até porque um doente assintomático pode ser uma fonte de propagação da doença. Aqui mais vale o ditado “melhor prevenir do que remediar” porque o vírus é invisível e relaxar não é opção. Só assim será possível conter a doença e salvar mais vidas.

Nadine Gomes

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. Só para dizer que a maior parte das mortes resulta da irresponsabilidade dos jovens das famílias que levaram o vírus até aos mais velhos em suas casas.

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