Cabo Verde passa comando da CPLP para Angola em julho em cimeira presencial
Cabo Verde vai passar a presidência da CPLP para Angola na cimeira de chefes de Estado e de Governo agendada para 16 e 17 de julho, que vai acontecer em Luanda, depois de ter tido o seu mandato prolongado por mais um ano devido à pandemia da Covid-19. Apesar da quarentena obrigatória em vigor naquele país, a cimeira vai ser presencial, de acordo com informações avançadas pelo ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António
“A cimeira será presencial e em Luanda e, claro, obedecendo a todas as medidas de segurança que hoje se observam em todo o mundo”, garantiu o chefe da diplomacia de Angola numa conferência de imprensa na sede da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa
De acordo com o Jornal Económico, em declarações à comunicação social após um encontro com o secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, realizado no quadro de preparação da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo, Téte António apontou que “pouco a pouco, progressivamente o mundo está a voltar” à normalidade.
“Em Luanda, também, será possível fazer a cimeira da CPLP de forma presencial, mas vamos respeitar, com certeza, as medidas”, acrescentou o ministro, que referiu que estas serão observadas “em todas as actividades que vão ter lugar” na capital, incluindo a comemoração do 25.º aniversário da organização lusófona, que se assinala a 17 de julho. Angola assumirá a presidência da CPLP durante a cimeira, sucedendo a Cabo Verde.
No início deste mês, o Governo angolano aprovou a manutenção da situação de calamidade pública no país por mais 30 dias devido à pandemia de covid-19. Entre as medidas, encontra-se o regime de quarentena, obrigatória e, em princípio domiciliar, por um período que pode ir até 10 dias para as chegadas a território angolano.
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Direção Nacional de Saúde Pública, divulgado na quarta-feira, Angola conta 5.244 casos ativos de covid-19, incluindo 17 em estado crítico e 28 em estado grave. No total, desde o início da pandemia, as autoridades angolanas registaram mais de 37 mil casos, incluindo 847 mortes.