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Cabo Verde entra definitivamente em fase de “perigo iminente” ao Covid-19

O ministro da Saúde, Arlindo do Rosario, afirmou na manhã de hoje, em conferência de imprensa proferida da Capital, que Cabo Verde entrou definitivamente na fase de perigo iminente ao Covid-19, no quadro do Plano Nacional de Contingência, na sequência da confirmação do primeiro caso positivo. Trata-se de um cidadão inglês de 62 anos, que se encontrava hospitalizado na Boa Vista “em estado crítico”. Na sequência, o Primeiro-ministro decidiu colocar a ilha das dunas em quarentena até o dia 04 de Abril.

“Cabo Verde registou ontem, na ilha da Boa Vista, o primeiro caso de Covid-19. Como também já foi informado, trata-se de um cidadão de nacionalidade inglesa e que se encontra internado, em isolamento, no Centro de Saúde da Boa Vista. Neste momento, o seu quadro clinico é estável e encontra-se sob os cuidados da equipa da Delegacia de Saúde”, afirmou o governante, deixando claro que o hotel onde este turista inglês se encontrava hospedado, e que neste momento encontra-se com cerca de 850 pessoas, entre nacionais e estrangeiros, está de quarentena e com vigilância permanente. 

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Ministro Arlindo do Rosário

“Não há nenhum caso suspeito entre as pessoas que se encontram no hotel neste momento. E todas as medidas de prevenção estão sendo adoptadas de modo a reduzir o risco de transmissão e de propagação do vírus” realçou Arlindo do Rosário, que aproveitou para afirmar que “toda a capacidade de resposta está sendo adaptada a esta nova fase, com o reforço das medidas já implementadas e adopção de novas medidas”, disse ainda o Ministro da Saúde, que prometeu reforçar a equipa da Delegacia de Saúde.

Neste sentido, prometeu enviar um contingente de saúde constituído por médicos, enfermeiros e técnicos. “Iremos ainda hoje reforçar a ilha com equipamentos e materiais de protecção individual e será montado na ilha um quartel de coordenação a nível da Protecção Civil para que todas as medidas possam ser feitas de forma intersectorial”, finalizou o governante a sua declaração, sem direito a perguntas dos jornalistas. O ministro aproveitou também para agradecer a “onda de solidariedade” e reafirmou o “firme engajamento e compromisso” para rapidamente controlar a situação”. 

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Boa Vista em quarentena

Ainda hoje, entretanto, numa breve comunicação ao país, o Primeiro-ministro anunciou que acaba de colocar a ilha da Boa Vista em quarentena até o dia 04 de Abril para evitar situações de contágio. Paralelamente, serão reforçadas as medidas restritivas, designadamente a interdição dos voos domésticos de e para a ilha, interdição de transporte de passageiros através de navios comerciais e de pesca e excepção para situações sanitárias, evacuações de doentes e situações de emergência e repatriamento. 

Segundo Ulisses Correia e Silva, estas medidas acrescentam às em vigor sobre a interdição nos transportes internacionais. Porém, o abastecimento de mercadorias e produtos à ilha continuará normalmente em navios, que não poderão embarcar ou desembarcar passageiros. Serão ainda encerrados os serviços e empresas públicas e privadas, com excepção das farmácias e serviços públicos e privados de saúde. Mas mantém em serviço as forças de segurança e serviços de protecção civil, serviços portuários e aeroportuários, estabelecimentos comerciais de venda e abastecimento de bens alimentares, de higiene e limpeza e outros bens essenciais. 

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Mantêm-se igualmente em funções o serviço de entrega domiciliária de refeições, os postos de combustíveis, bancos e seguros. Para garantir a aplicação das medidas de contingências, de acordo com o PM, um contingente militar e policial será deslocado. Este vai ser ainda reforçado com a presença da IGAE para medidas de fiscalização contra o açambarcamento e especulação comercial.

Todas as operações e atividades relacionadas com a aplicação do Plano de Contingência e das medidas resultantes do estado de emergência ficam sob o comando de um representante do Serviço Nacional da Proteção Civil que será deslocado para a Boa Vista”, conclui o Chefe do Governo.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. Os responsáveis têm dito que o uso das máscaras está indicado para os suspeitos e para os trabalhadores da saúde.
    Entretanto, aqui em S.Vicente, temos estado a ver os atendedores das farmácias a atenderem sem máscaras e sem luvas.
    Pergunto se eles ainda não tomaram consciência do que se está a passar e pergunto também, se os proprietários destas farmácias consideram isso como normal.
    A mesma pergunta vai para os/as funcionários/(as) de caixa dos super-mercados e lojas e restaurantes, bem como à responsabilidade dos propritários dos referidos estabelecimentos. Todos sem luvas nem máscaras.

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