O candidato do MpD à Câmara de S. Vicente, Augusto Neves, renovou o seu mandato com 37,2% (11.126 votos) e os militantes festejaram na Rua de Lisboa. A UCID ficou em segundo lugar com 32% (9.559 votos), seguido pelo PAICV com 19,5% (5.832 votos) e o Más Soncent 7,9% (2352 votos). Neves, que teve uma maioria absoluta em 2016, tem 37% das intenções de votos e precisa buscar forças junto dos adversários para governar a ilha.
Numa primeira declaração Augusto Neves disse que foi uma grande vitória e aproveitou para agradecer a confiança uma vez mais depositada na sua candidatura. “Quero agradecer a todos aqueles que, juntos, fizemos uma grande caminhada para manter a CMSV e a AMSV nas mãos do MpD. Foi um trabalho e uma força enorme. A luta foi renhida. Sentimos que todo o esforço, todo o sacrifício compensou com esta vitória,” afirmou, reconhecendo entretanto que gostaria que a vitória fosse mais folgada, o que não foi possível, a seu ver, porque o MpD lutou contra cinco adversários.
Neves promete responder à confiança com mais trabalho. Desde logo, prometeu avançar com um projecto de habitação para jovens. Prometeu continuar com as acções sociais, infraestruturação e, com a parceira de empresários, trazer mais desenvolvimento para a ilha de S. Vicente.
O candidato da UCID, o segundo mais votado, cumprimentou os eleitores e disse chegar ao fim desta jornada com resultados que não satisfazem, ainda que o partido tenha quase que duplicado a sua votação em relação as eleições anteriores. É que a UCID passa de cinco mil para quase 10 mil votos e vai ter vereadores na CM. De acordo com Monteiro afirma que o partido lutou para dar a esta ilha vereadores e deputados capacitados para dar SV. Mas, sob pressão e compra de votos, os mindelenses votaram MpD.
“É inadmissível que, mais de 30 anos em democracia, tenhamos ainda assistir a vergonha durante a campanha e especialmente hoje, no dia das eleições. O povo não votou de forma livre. Há pessoas que não foram votar. Aliás, temos uma abstenção elevadíssima, mais de 40%, porque o MpD comprou bilhetes e impediu que os eleitores fossem votar. É uma vergonha”, denunciou, aproveitando para apelar as organizações internacionais para analisarem aquilo que se passa nas eleições em Cabo Verde, S. Vicente em particular.
O candidato do PAICV, Albertino Graça, também agradeceu os eleitores que confiaram no seu projecto e felicitar o vencedor das autarquias. Admite, no entanto, que a mensagem do partido tamborins não passou. “Mas conseguimos uma expressão interessante, que vai definir uma câmara diferente daquela que tivemos há quatro anos. Quero felicitar o vencedor e dizer que estamos de cabeça levantada”, declarou Titota, realçando que o partido vai ter dois vereadores que serão uma voz importante na equipa que vai gerir a CMSV nos próximos quatro anos.
Não foi possível ouvir a declaração do líder da candidatura Más Soncent.
