Os alunos do curso de Ciências de Comunicação da Universidade Lusófona de Cabo Verde-Polo do Mindelo vão enviar esta segunda-feira os documentos que comprovam todas as denuncias que estes vêm fazendo na imprensa desde a semana passada. O compromisso foi assumido na reunião online com a Agencia Reguladora do Ensino Superior (ARES).
A reunião, de acordo com a porta-voz, contou com a participação do presidente do CA da ARES, João Dias, e mais dois elementos da administração desta agencia todos os alunos inscritos no curso, com excepção de um que viajou para a ilha do Sal. O encontro teve ainda como convidado o presidente da Associação dos Estudantes da ULCV. “Fizemos uma exposição sobre o curso, os constrangimentos que enfrentamos desde o primeiro semestre, as notas congeladas e a nossa recusa em pagar os últimos dois meses de propina devido a falta de professores”, explicou Ângela Reis.
Esta afirma no entanto que a situação se descontrolou quando o presidente da Associação dos Estudantes da ULCV resolveu intervir. “Ele negou todas as nossas informações. Alegou que a escola tem todas as condições de funcionamento, os professores estão com os salários regularizados, temos internet, retroprojector, de entre outros. Ficamos estupefactos porque ele faltou com a verdade. Desconhecemos os motivos que o levaram a mentir. Mas, curiosamente, ele deixou escapar que tem uma lista com os nomes de todos os alunos que estão com propina em atraso, o que é gravíssimo.”
Perante este impasse, diz Ângela Reis, a ARES decidiu pedir aos alunos que enviassem os documentos que atestam todas as denuncias feitas para poder posicionar, o que deverá acontecer ainda hoje. “Vamos enviar todas as informações sobre o curso, desde o inicio. Dados sobre os professores que congelaram as notas, a falta de equipamentos essenciais para a nossa formação. Também vamos remeter as declarações de notas administrativas atribuídas para facilitar a nossa transição”, acrescenta.
A porta-voz contesta ainda a informação avançada pela direcção da ULCV, que garantiu que alguns dos alunos sequer estão inscritos. Segundo Ângela Reis estão devidamente inscritos no curso, apenas têm dois meses de propina por regularizar. Foi uma decisão pensada para pressionar e confrontar a escola a resolver a eterna falta de professor e equipamentos.