AJOC solidariza-se com os profissionais da comunicação social expulsos da Rádio e Televisão Públicas da Guiné-Bissau
A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) manifesta “profunda solidariedade” para com os profissionais da comunicação social expulsos da Radio e Televisão Públicas da Guiné-Bissau, ato que considera deplorável e que violou flagrantemente a liberdade de imprensa e expressão. O caso ocorreu logo após o anúncio, no passado dia 4 de dezembro, da dissolução da Assembleia Nacional Popular pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
Esta posição da AJOC consta de uma declaração em que condena esta invasão da Rádio e Televisão por homens armados, ato que resultou na expulsão dos profissionais destes órgãos. “A invasão da Rádio e da Televisão Públicas da Guiné-Bissau por homens armados e a subsequente expulsão dos profissionais desses órgãos, após o anúncio da dissolução da Assembleia Nacional Popular, é uma afronta não apenas à dignidade desses profissionais, mas também aos fundamentos essenciais de um Estado Democrático”, lê-se no comunicado divulgado por esta associação sindical.
Para a AJOC, a liberdade de imprensa é um pilar crucial para a manutenção de uma sociedade justa e democrática. Neste sentido, repudia toda e qualquer tentativa, que comprometem a liberdade e o exercício da liberdade de imprensa. “Acreditamos firmemente que o cumprimento dos princípios constitucionais de um Estado Democrático é imperativo para proporcionar o ambiente necessário ao exercício da profissão de jornalista”, reforça.
A associação insta, por outro lado, as autoridades guineenses a respeitarem e protegerem a liberdade de imprensa que, afirma, é um direito consagrado na Constituição da República. “Encorajamos todos os profissionais da comunicação na Guiné-Bissau a permanecerem firmes na observância das leis que promovem um jornalismo de qualidade, equidistante de quaisquer círculos de interesse. A liberdade de imprensa é um valor inalienável que deve ser defendido com determinação”, pontua.
Termina reiterando apoio ao Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) e desafia-os a continuar a lutar pela preservação e promoção dos princípios democráticos e da liberdade de imprensa.