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A. Neves: “SV tem menor índice de pobreza absoluta, maior volume de negócios do país e é das mais atractivas”

O autarca Augusto Neves afirmou ontem que S. Vicente é neste momento das ilhas com menor índice de pobreza absoluta, maior volume de negócios, PIB per capita e índice de desenvolvimento humano, além de ser das mais atractivas no contexto nacional. Neves especificou que a terra do Monte Cara é responsável por 80 por cento das exportações de Cabo Verde e onde se regista uma clara redução do desemprego, pese embora o aumento da população.

O edil mindelense lançou estes dados no seu discurso no acto central do dia do Município de S. Vicente – 22 de Janeiro –, que focou a sua mensagem em três aspectos: a Regionalização, a dinâmica sócio-económica que, nas suas palavras, a cidade do Mindelo está a registar neste momento e o balanço da sua gestão nos dois mandatos.

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“Acreditamos que S. Vicente tem hoje um movimento nunca visto. O nosso enorme potencial é esta nossa dedicação ao trabalho, a nossa seriedade e confiança na ilha”, salientou Neves, que aproveitou para dar resposta às pessoas que acusaram a edilidade mindelense de destruir patrimónios históricos e implantar outras obras nesses espaços. “Enquanto alguns manifestaram contra as obras no ex-Consulado Inglês apostamos num grande hotel – o Hotel Maria do Carmo -; enquanto manifestaram contra as obras da Pracinha Drª Francisca – conhecida por pracinha dos namorados – apostamos no hotel Cruzeiros; enquanto alguns criticaram as obras na ex-Oficina Mestre Kung, nós apostamos no hotel Ouril; enquanto abandonaram a ex-Congel como um pardieiro em chamas nós apostamos e hoje iniciamos as obras do hotel Sheraton na Lajinha e ainda apostamos no hotel Golden Tulip”, reagiu o autarca, que enfatizou, de novo, a parceria entre o Governo e a Câmara de S. Vicente tanto na implantação desses empreendimentos como de outros, caso da asfaltagem da estrada Cidade-Baía das Gatas, a requalificação desta praia, a ampliação do hospital Baptista de Sousa, o Terminal de Cruzeiros, a Zona Económica Especial…

Quanto ao desempenho da Câmara que preside, Neves traça um quadro repleto de intervenções feitas principalmente nas áreas da saúde, ensino, social e requalificação urbana. Por exemplo, frisou que o programa “Isdá compô bo casa” permitiu o apoio a 1030 famílias e foi atribuído ainda 360 habitações sociais e apartamentos. No ensino básico, prossegue Neves, a CMSV distribuiu 7080 kits escolares; no nível secundário pagou propinas a 5516 alunos e no curso superior deu subsídio de bolsa a outros 326. Além disso, a edilidade assegurou o transporte escolar para as localidades da Salamansa, S. Pedro, R. Vinha, Lameirão, Km6, Madeiral, dando cobertura a 2777 estudantes, de manhã à tarde. A autarquia, frisa Neves, ajudou 1367 idosos nas suas casas e distribuiu moradias sociais em várias localidades da periferia.

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Neves realça que tem feito a manutenção das placas desportivas e de outros equipamentos sociais e culturais e levado a cabo um programa de calcetamento artístico de várias ruas do centro histórico da cidade do Mindelo. O autarca relembrou que mereceu o voto popular em duas eleições, prova que tem sabido interpretar a expectativa dos mindelenses com o seu projecto político.

No momento em que S. Vicente celebra mais um aniversário, Neves voltou a chamar atenção para a necessidade de se levar a Regionalização à prática. Este sublinha que o desenvolvimento regional é indispensável pois permite uma maior aproximação dos poderes às pessoas, estimula o desenvolvimento local e facilita o acesso dos cidadãos às oportunidades. No entanto, o autarca frisou que a descentralização de competências, no
âmbito da Regionalização, irá colocar aos municípios grandes desafios.

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Freire: “Não desistimos da Regionalização”

O Governo, segundo o ministro Elísio Freire, continua a reafirmar o seu compromisso com a Regionalização enquanto “importante” reforma do Estado. “Não desistimos da Regionalização”, enfatizou Freire, assegurando ao mesmo tempo que este ano serão aprovados o novo Estatuto dos Municípios – que irá permitir a transferência de mais poderes para o poder local nas áreas do turismo, agricultura, pesca artesanal e ambiente – e o Novo Regime Financeiro das Autarquias – que possibilitará o aumento dos recursos financeiros para os municípios.

Tal como Neves, o ministro enalteceu o momento “ímpar” que S. Vicente está a registar muito por conta dos investimentos privados nacionais e estrangeiros em curso e em carteira, mais precisamente no sector turístico. Freire enumerou os hotéis em construção e assegurou que a ilha vai conhecer um crescimento económico acelerado nos próximos anos.

“Nunca S. Vicente teve tanto investimento privado concentrado num curto espaço de tempo. São investimentos para impulsionar o turismo que dão dimensão e qualidade e criam emprego e mercado para mais transportes aéreos e comércio”, prognostica Elísio Freire, para quem o Carnaval, os festivais Baía das Gatas, Kavala Fresk, etc. vão potenciar a colocação de S. Vicente como o maior destino turístico de eventos de Cabo Verde. Aliás, para o governante, Mindelo é a imagem da abertura de Cabo Verde ao mundo, um ponto de cruzamento das ilhas, o símbolo do Cabo Verde global integrado no mundo.

Como relembrou Fernanda Vieira, S. Vicente cresceu e desenvolveu-se à volta da Baía do Mindelo e até hoje, 558 anos após o seu descobrimento, continua a ser uma terra aberta ao mundo. “A sua forte vocação portuária e marítima mantem-se até hoje em que grandiosos projectos e investimentos futuros estão sendo estrategicamente programados para o futuro próximo da ilha como Zona Económica Marítima, projecto que trará um desenvolvimento integrado das ilhas de S. Vicente, Santo Antão, Sal e S. Nicolau e irá ligar continentes”, elucidou a presidente da Assembleia Municipal de S. Vicente. Segundo Vieira não é por acaso que “Sr. São Vicente” aparece sempre representado com um “navizim na mon” (navio na mão), um forte sinal, diz, a ser pensado e seguido.

Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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3 Comentários

  1. Me pergunto porque os mpdistas são todos vilanos mentirosos a tall ponto de uma pessoa se sentir enjoada.

    Gusto por amor de Deus pare de tentar vender bitche morte aos mindelenses.

    Gostaria de saber se você tem tomado precauções sobre o virus de nome Coronavirus.

    Tou colando um texto sobre sua evolução, está tudo em ingles, mas acho que o facto não ser’s nenhum problema não é?

    Coronavirus Outbreak

    Coronavirus timeline: from Wuhan to Washington state

    From the first reports on 31 December, the virus has spread across China and reached as far as the US, infecting hundreds and leaving at least 17 dead

    Agence France-Presse

    Thu 23 Jan 2020 00.54 GMT Last modified on Thu 23 Jan 2020 14.36 GMT

    How the coronavirus has spread around China, three other Asian countries and the United States since emerging in the central Chinese city of Wuhan.

    31 December 2019

    The World Health Organization (WHO) is alerted by the Chinese authorities of a string of pneumonia-like cases in Wuhan, a city of 11 million people.

    Patients are quarantined and work begins on identifying the origin of the pneumonia.

    1 January 2020

    The US Centers for Disease Control and Prevention (CDC) identifies a seafood market suspected to be at the centre of the outbreak and it is closed down.

    What is coronavirus and how worried should we be?

    9 January

    The WHO says the outbreak in Wuhan was caused by a previously unknown type of coronavirus, a broad family ranging from the common cold to more serious illnesses like severe acute respiratory syndrome (Sars).

    11 January

    The Chinese health authorities report the first fatality as a 61-year-old man dies from pneumonia in Wuhan. They revise downwards the number of sick people to 41.

    13 January

    The virus spreads beyond China’s borders for the first time with a case emerging in Thailand, according to the WHO. The victim is a Chinese woman diagnosed with mild pneumonia who was returning from a trip to Wuhan.

    15 January

    China’s health commission says it cannot confirm human-to-human transmission of the virus but the possibility “cannot be excluded”. The next day a first case of the virus is confirmed in Japan in someone who had stayed in Wuhan in early January.

    17 January

    A second person, a 69-year-old man, dies in Wuhan, according to authorities. The same day, the CDC announces that it will begin screening passengers arriving from Wuhan at three airports: San Francisco, New York’s JFK and Los Angeles.

    20 January

    A third death and more than 100 new cases are announced in China, sparking concerns ahead of the annual lunar new year holiday which begins on 25 January and during which hundreds of millions of Chinese people travel nationwide.

    More than 200 cases have been recorded with cases reported in Beijing in the north, Shanghai in the east and Shenzhen in the south. The virus is also detected in South Korea in a Chinese person who has arrived by plane from Wuhan.

    In his first public comments on the outbreak, China’s president Xi Jinping says the virus must be “resolutely contained”.

    Human-to-human transmission is “affirmative”, a top Chinese expert on infectious diseases, Zhong Nanshan, tells state broadcaster CCTV.

    21 January

    Health officials in Washington state report the first case in the US. The man is in his 30s and is in good condition at a hospital in Everett, Washington, after returning to the area last week from China. He was believed to have travelled to the Wuhan area.

    22 January

    European airports from London to Moscow step up checks on flights from Wuhan.

    The WHO’s chief, Tedros Adhanom Ghebreyesus, says he is postponing a decision on whether or not to declare a global health emergency. “I have decided to ask the emergency committee to meet again tomorrow to continue their discussion,” he said, referring to a group of international experts who met for several hours at the WHO in Geneva.

    23 January

    As Chinese authorities say 17 people have died and more than 500 have been infected, air and rail departures from Wuhan are suspended.

    https://www.theguardian.com/science/2020/jan/23/coronavirus-timeline-from-wuhan-to-washington-state

    Leia também o Live Update:

    https://www.theguardian.com/science/2020/jan/23/coronavirus-timeline-from-wuhan-to-washington-state

  2. Concordo consigo quando diz que S.Vicente começa a entrar no bom caminho e esperemos que continue assim para sempre (assim como todas as outras ilhas), no entanto, discordo quando procura chamar a si os louros da situação, dizendo que isto prova o potencial do seu trabalho.
    Porque na verdade o que está a acontecer, é uma coisa muito simples, que durante muito tempo foi tratada da forma como nunca devia ter sido.
    O Governo central decidiu agora criar as condições que permitissem com que qualquer ilha, de acordo com as suas potencialidades, pudesse tranquilamente caminhar rumo ao desenvolvimento.
    O potencial de S.Vicente sempre esteve aqui. Só que, estava trancado a sete chaves. Sentíamo-nos amarrados num colete de forças.
    Por exemplo:
    – Não se esqueça que o minstro Avelino Bonifácio desaconselhava os investidores a investirem em S.Vicente. Mostrava-lhes que os seus negócios não teriam boas perpectivas caso o investimento fosse feito na ilha de Beléza, Tututa, Luis Rendall, Bana, Cesária e Manel d’Novas.
    – Não se esqueça que um emigrante caboverdeano, pretendendo fazer um grande investimento em S.Vicente, foi confrontado pelo governo anterior, com a condição de que avançaria sim com o investimento, caso aceitasse o governo como sócio maioritário. O que ele não aceitou e desistiu.
    É este tipo de coisas é que agora deixou de acontecer e que nunca deveria acontecer com nenhuma ilha.
    Os hotéis que nomeou como obra sua, são investimentos de pessoas privadas. O Sr. simplesmente fez o que deveria ser feito, isto é, não perturbar os investidores que queiram investir em S.Vicente.
    E digo que isso não é nada de especial, porque não verdade, o governo simplesmente evitou fazer o que nunca se deve fazer a uma ilha. E apoiamos e dizemos “aleluia” porém, que não queira chamar a si os louros por esses resultados.
    Repito-lhe, S.Vicente sempre esteva à espera que fosse libertada, porque é mais do que justo.
    Isso, é o que deve acontecer em qualquer ilha do país, e deve ser visto e tratado com naturalidade porque é uma medida muito simples, isto é, NÃO DIFICULTAR.

  3. Governos sérios e competentes não destroem o património histórico do seu povo. O que vocês estão a fazer é um crime contra a cultura e a economia do país. “ Só o património histórico traz valor acrescentado ao turismo”: disse o Presidente do Instituto do Património Cultural, Jair Fernandes, numa longa entrevista conduzida pela jornalista Chissana Magalhães. Parem de enganar esse Povo para favorecer os interesses da clientela, sem qualquer escrúpulo de atropelar os interesses legítimos de outras pessoas. Isso é um escândalo! Cuidado! Vocês estão a empurrar as pessoas para a violência e atentados.
    Para quem quiser consultar a entrevista, está no jornal impresso nº845 de 07 de fevereiro de 2018 do expresso das ilhas ou online,
    https://expressodasilhas.cv/cultura/2018/02/10/jair-fernandes-so-o-patrimonio-traz-valor-acrescentado-ao-destino-turistico/56553

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