Quarenta cientistas internacionais com doutoramento, estudantes de mestrado e técnicos do Geomar, IMar e UTA e do programa de mestrado Wascal “Climate Change and Marine Science” estão reunidos para trocarem experiências sobre dados marinhos. Os resultados deste encontro, que decorre no Centro Oceanográfico de São Vicente no quadro da Semana do Projecto MarData, serão apresentados na segunda-feira, 18 de março, seguida de debate.
Este encontro é organizado pela Helmholtz School para a Ciência dos Dados Marinhos, uma escola que vis agregar conhecimentos científicos marinhos e que está empenhada em aprofundar os dados para melhor compreender e proteger o maior habitat do planeta. Esta argumenta que há muito tempo que inúmeros instrumentos de medição são utilizados em todos os oceanos, gerando informações sobre a temperatura da água, a salinidade, a concentração de nutrientes de entre muitos outros parâmetros.
É também o caso também de Cabo Verde, diz, onde existem múltiplas informações, nomeadamente sobre abismasse hidroacústica, dados batimétricos e correntes. “Como processar estes dados de uma forma útil para os tornar aplicáveis para uma melhor compreensão do ‘status quo’ dos oceanos, dos processos que neles se encontram, para fazer melhores previsões de p arameiros em mudança e, eventualmente, para poder propor melhores recomendações aos decisores políticos e para proteger, preservar e melhorar a gestão dos nossos recursos?” interroga, realçando que o objetivo da Semana do Projecto MarData é responder estes desafios.
Os participantes desta “Semana MarData” vão focar nas metodologias aplicadas e nas sessões de formação, combinadas como a oportunidade de aplicar os conhecimentos científicos sobre dados marinhos adquiridos em casos de utilização reais. “Vai ser avaliado uma aplicação para smartphone que foi desenvolvida no Brasil e adaptada às necessidades locais, no âmbito de dois grandes projectos do Mar, UTA e Geomar, utilizada por pescadores artesanais em Cabo Verde.”
Os dados incluem parâmetros socioeconómicos, parâmetros sobre as capturas e biodiversidade. A semana do projecto, diz, também servirá para desenvolver ferramentas digitais para o processamento automático de dados e, por último, apoiar os esforços no sentido de um Gémeo Digital “Cabo Verde”.Os resultados e ferramentas desenvolvidas serão apresentadas na segunda-feira, dia em que se prevê uma discussão animada sobre os focos, metodologias e expectativas para o futuro.
