O Primeiro-ministro anunciou, a partir de Lisboa onde se encontra no quadro da Bolsa de Turismo, que a retoma dos voos domésticos por parte dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) será seguida da criação de uma empresa autónoma dedicada exclusivamente ao sector. Esta terá como propósito garantir uma operação eficiente e focada nas necessidades do transporte inter Ilhas.
De acordo com Ulisses Correia e Silva, a autonomização da futura empresa será a próxima fase do plano estratégico do Governo para o sector dos transportes aéreo no país. “Queremos garantir uma operação eficiente e focada nas necessidades específicas do transporte inter Ilhas”, afirmou, realçando que, com o turismo em ascensão e uma demanda interna crescente, a TACV que liga Cabo Verde à Europa, no momento, está comprometida em expandir a sua capacidade de oferta.
“Os turistas hoje procuram também viagens entre as Ilhas, portanto faz sentido aumentar a capacidade de oferta. A nossa prioridade é atender às necessidades dos passageiros e acompanhar o aumento do turismo. A retomada das operações inter-ilhas é um passo significativo nesse sentido”, indicou, argumentando que esta operação não implica custos adicionais para a empresa.
Mas esta declaração não caiu de animo leve no seio cabo-verdianos até porque contraria uma anterior feito pelo Ministro dos Transportes que afirmou, horas antes, que a entrada da TACV era para ficar, com alguns mais atentos a recorrerem às redes sociais para denunciar este desacerto entre os membros do Governo, incluindo o ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, que deixou claro que o que importa são os resultados, não a orgânica.
É o caso, por exemplo, do “opinion maker” Américo Faria Medina que se mostra descontente com as visões e desencontros em matéria tão sensível e séria. “Há sete anos que estamos nisto das visões recauchutadas e soluções furadas, casamentos e divórcios ao virar da esquina! Isto não pode continuar só na sedução, não frutifica, só charme , “filhos”, 0,0(!)…, engravidamos e logo a seguir fazemos uma IVG!” desabafa, em uma publicação.
A TACV retomou os voos domésticos desde terça-feira, com um aparelho alugado à Air Senegal, que opera para as quatro ilhas com aeroportos internacionais, a par da BestFly/TICV que continua a operar voos e que promete reforçar a sua frota com uma segunda aeronave em breve.
C/Inforpress
