O Comando das Forças Armadas já tem na sua posse o relatório do inquérito instaurado para apurar as circunstâncias na base da morte do recruta Davidson da Silva Barros, na madrugada do passado dia 13 de outubro, durante um exercício militar em S. Vicente. O resultado dessa investigação realizada sob as ordens do Chefe de Estado Maior será divulgado amanhã, quarta-feira, numa conferência de imprensa, na Cidade da Praia. O contacto com os jornalistas está marcado para as 11 horas no auditório do Estado-Maior das Forças Armadas e cumpre a promessa do Contra-almirante António Monteiro de divulgar a conclusão da mesma.
O inquérito sobre esse acontecimento fatídico foi concluído 45 dias após a data do falecimento do recruta no hospital Baptista de Sousa, para onde foi transportado já em estado crítico, e um mês depois da divulgação da autópsia médico-legal executada pela Delegacia de Saúde de S. Vicente. Este minucioso exame apontou como principal causa da morte um edema agudo pulmonar (acúmulo de líquidos no pulmão) e, como causa intermédia, falha ventricular esquerdo e miocardiopatia dilatada. A estas junta-se a obesidade, visto que o jovem pesava 110 quilos.
Davidson Barros não conseguiu resistir à exigência física de um exercício de campo realizado no dia 12 de outubro, mais precisamente na etapa final de uma marcha administrativa, no percurso Galé – Morro Branco, onde fica o centro de instrução militar. Acabou por se sentir indisposto, com mal-estar geral, seguido de desmaio. Nas redes sociais correu a informação de que foi “maltratado” pelos instrutores, aspecto que será certamente esclarecido amanhã com a divulgação do relatório do inquérito.