O Governo, através do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, admite o agravamento da taxa sismica na ilha Brava na madrugada desta segunda-feira, 20 de novembro, resultante do registo de um tremor harmônico. Trata-se, explica, de um sinal sísmico contínuo que é caracterizado por ter frequências multiplicas produzido pelo escoamento de gases de origem vulcânica.
De acordo com o INMG, a ilha Brava continua instável nos últimos dias, com a taxa sísmica praticamente inalterada e com sinais de agravamento. Em comunicado, informa que foi registado na madrugada de hoje um tremor harmónico – um sinal sísmico contínuo caracterizado por ter frequências múltiplas produzidas pelo escoamento de gases de origem vulcânica. “Assim sendo, é provável que, do ponto de vista sísmico, o estado se agrave nos próximos dias”, refere em comunicado.
Esta fonte faz ainda notar que nas últimas 24 h foram registados três eventos de magnitude superior a 3 na escala de Richter, sentidos pela população. Os abalos foram todos localizados na zona da Praia da Aguada, “sem que tenha havido alteração significativa da profundidade focal”.
Face à situação, o INMG mantém o estado de alerta na ilha no nível 3, devido a ocorrência de sismos sentidos frequentemente. “Fisicamente, quer dizer que a quantidade de magma que se acumulou na base da ilha aumentou”, esclarece a nota remetida à redação do Mindelinsite. A mesma dá conta, entretanto, que o Instituto de Gerofísica e Meteorologia continuará a fazer o seguimento da situação e que não há motivos para alarme. Acentua, no entanto, que as autoridades devem continuar alertas.
Quanto a um fenómeno observado na costa leste da ilha do Fogo, no sítio denominado Rola-Rola, o INMG garante que não se trata de uma nuvem eruptiva. “Os dados registados pela Rede de Monitorização Geofísica do Vulcão do Fogo não mostram nenhuma anomalia que pudesse apontar para uma eventual erupção em curso ou na iminência de acontecer”, informa.
A julgar pelas imagens analisadas, o instituto acredita que se trata de nuvens de poeira levantada pela queda frequente de pedras naquele local. É também provável, diz o INMG, que as fortes precipitações ocorridas na ilha durante este ano tenham contribuído para uma maior erosão, que favorece a queda de pedras, pelo que a situação não tem nada a ver com a ilha Brava.