Por: Gilson Maocha
No berço das águas azuis de Cabo Verde,
O povo sofre, um grito de revolta emerge.
Três crises, um fardo, pesar sobre os ombros,
Os mais pobres, corações partidos, rostos sombrios.
O Ministro pede, “apertem o cinto”, com coragem,
Mas quem sente a dor da fome, da crise e da desvantagem?
Enquanto o povo luta para sobreviver, sem abrandamento,
Um político audacioso, egoísta, aumenta o seu rendimento.
17% a mais, seu bolso se enche de contos dourados,
Enquanto o salário mínimo mal cobre os escudos, coitados.
O povo cabo-verdiano é forte, mas sofredor,
“Nu tá sufri calado,” dizem, com dor.
“Tudo manera é ba dvagar,” é o lema que persiste,
Mas chega a hora da revolta, da justiça, da resistência.
Política suja, fome, desigualdade a corroer,
O povo se levanta, grita, não quer mais sofrer.
Não mais ficaremos calados, nem apertaremos o cinto,
A elite não nos escravizará, não, isso não permitiremos.
Merecemos um futuro melhor, mais digno e justo,
Cabo Verde, você merece, é o nosso justo ajusto.