As equipas internacionais de resgate continuam esta segunda-feira, 11 de setembro, à procura de sobreviventes nos escombros do maior sismo registado em Marrocos nos últimos 60 anos. Pelo menos 2122 pessoas morreram e 2421 ficaram feridas.
O terramoto de magnitude de 6,8 na escala de Richter foi registado na noite de sexta-feira a 72 quilómetros a sudoeste de Marraquexe. A Espanha enviou de imediato 86 socorristas e oito cães pistoleiros para o Marrocos, que se juntaram às equipas do Reino Unidos, Catar e Emirados Árabes Unidos que estão no local e tentam encontrar pessoas com vida no meio da destruição.
Muitos sobreviventes passaram a terceira noite na rua após as casas terem ficado destruídas ou danificadas. No desespero do abalo muitos foram os que tentaram escavar, com as próprias mãos, para chegar aos familiares e amigos presos nos destroços. Mais de dois dias após o sismo, os populares ainda tentam retirar alguns bens dos escombros.
Os edifícios da cidade velha de Marraquexe, Património Mundial, ficaram danificados. O sismo provocou também danos na Mesquita Tinmel, do século XII. Com muitas casas construídas em tijolo de barro, madeira ou blocos de cimento, as estruturas tornaram-se mais frágeis.
Foi o terramoto mais mortífero vivido em Marrocos desde 1960, quando se estima que morreram 12 mil pessoas. Marrocos destacou o exército para ajudar e admite estar a reforçar as equipas de busca e salvamento, fornecendo água potável e distribuindo alimentos, tendas e cobertores à população.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) anunciou que vai dar 1,05 milhões de euros (um milhão de francos suíços) para ajudar em missões de resposta ao terramoto em Marrocos.
O sismo, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste de Marraquexe, atingiu uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, disse o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.
C/Agências