Erik David prepara o regresso a origem com “Sankofa”, primeiro trabalho discográfico a solo
“Sankofa”, provérbio africano que significa o regresso à identidade, será o título do primeiro disco a solo do artista Erik David, trabalho já em fase de mixagem e que pode sair para o mercado este ano ou no início de 2024. O CD é composto por 14 faixas da sua própria autoria, que representam a trajectória deste compositor e intérprete mindelense, um jovem com influências que vão da música tradicional cabo-verdiana ao Hip Hop.
“O meu projecto está inspirado no provérbio Sankofa, uma filosofia de vida representada por um pássaro que nos leva no caminho de volta a casa. Significa aprender com o passado, recuperar a nossa essência, algo que retrata neste momento a minha caminhada”, diz Erik David, 32 anos. Nas suas palavras, houve alturas da vida em que se perdeu e deixou de acreditar no seu potencial. Por causa disso, deixou instalar na sua mente dúvidas que o levaram a sentir-se meio perdido.
Agora, Erik David está a meio de uma jornada de autoconhecimento para, como diz, poder cumprir o seu propósito na vida. O disco “Sankofa” acaba por ser um dos instrumentos usados nessa viagem de regresso a uma base existencial consistente, mas apontada para o futuro.
Até o final deste ano, ou no máximo início de 2024, o disco será lançado. Um trabalho que, segundo Dzenh Afronauta, seu nome artístico, tem a assinatura de vários músicos e representa a sua versatilidade. Ele que tem no seu historial a música tradicional cabo-verdiana, o Hip Hop, Afro, R&B… E todo essa miscelânea consta do “Sankofa”.
Antigo integrante do grupo XL, criado na cidade da Praia, onde viveu por alguns anos, Erik David já esteve em diversos palcos, mais no papel de corista de artistas como Dynamo, Elji, Loony Johnson, Lura, etc. Já actuou a solo apenas uma vez no festival da Boa Vista, integrado num grupo de 9 jovens artistas.
Agora está a preparar o seu próprio caminho, aproveitando a experiência adquirida principalmente durante o tempo que integrou a banda XL. O seu primeiro disco é visto por ele como um marco histórico, que promete catapultar o seu nome artístico.
A residir de novo em S. Vicente, Erik quer formar uma nova banda. A recolha dos integrantes está em curso, mas o seu foco neste momento é concluir a mixagem das 14 músicas do disco Sankofa.
