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Criança diagnosticada com tumor ósseo aguarda há dois anos por evacuação com “máxima urgência” na cidade da Praia

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Uma criança residente na cidade da Praia espera há dois anos por uma evacuação considerada de “máxima urgência” para tratar um tumor nos ossos da perna. Segundo a mãe, os médicos detectaram a doença quando o filho tinha 3 anos de idade e submeteram de imediato o caso à Junta Médica, que deu um despacho para a evacuação imediata do menino para Portugal. Porém, o caso está desde essa altura na alçada do Ministério da Saúde que, conforme a mãe, aguarda pela marcação das consultas para poder dar seguimento ao processo.

“Estamos nisto há dois anos, entretanto a situação do meu filho vai-se agravando. Ele sente dores nas pernas, febre, dor de cabeça e não pode levar a vida normal de uma criança. Ele não pode brincar como os colegas pelos riscos que isso pode acarretar para a sua segurança”, comenta RD, uma mulher de 34 anos. Segundo esta mãe, o médico tem insistido na necessidade de a criança ser enviada com urgência para Portugal e fica frustrado sempre que faz consultas de rotina para acompanhar a evolução do quadro clinico do menor.

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RD tem estado em contacto quase que permanente com o Ministerio da Saúde na cidade da Praia, mas é sempre informada que a resolução do caso depende da disponibilidade de consulta em Portugal. “Eles dizem que o nome do meu filho está na plataforma de consulta, mas ainda não houve resposta positiva”, informa a mãe, que, segundo diz, tem abordado directamente o responsável pela área da evacuação no Ministério da Saúde. Adianta que o funcionário já chegou a telefonar na sua presença para Portugal, ninguém atendeu a chamada, e voltou a colocar o nome do menino na plataforma de consulta para efeito de evacuação.

Esta demora tem deixado RD estressada, com receio de a doença atingir um ponto de não retorno. Aliás, diz que o tumor já estava avançado quando foi diagnosticado, daí a Junta Médica ter decidido pelo tratamento urgente. Neste ínterim, o médico voltou a fazer uma adenda para acelerar a evacuação, mas essa iniciativa não surtiu o efeito pretendido.

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RH está cansada de ouvir a mesma resposta no MS. A mãe lembra que a sobrevivência do filho está em causa e diz esperar uma iniciativa mais vigorosa do Ministério da Saúde no processo de evacuação.

O Mindelinsite remeteu um email para o Ministério da Saúde solicitando esclarecimentos sobre o caso, esperou uma semana por uma resposta que até hoje não chegou. Daí ter decidido avançar com a versão da mãe sobre o caso.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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