O Ministério da Saúde decidiu mandar instaurar uma auditoria para apurar as “reais causas” da morte de cinco bebés recém-nascidos no serviço de neonatologia do Hospital Baptista de Sousa, em S. Vicente. Conforme comunicado remetido à imprensa, a ministra da tutela deu um despacho nesse sentido após a divulgação de notícia dando conta da ocorrência de cinco óbitos só no mês de maio nesse estabelecimento público de saúde. O caso, relembre-se, foi relatado pelo jornal Mindelinsite no dia 13 de maio, que deu conta do registo de cinco mortes inesperadas de crianças no referido serviço do HBS no espaço de duas semanas.
O inquérito, explica o MS, tem por objectivo específicos apurar os factos inerentes aos cuidados médicos, de enfermagem e de atendimento prestado às mães e às crianças; descobrir as causas que estão na origem das mortes dos bebés nesse serviço do HBS, os procedimentos técnicos e administrativos adoptados na emissão dos atestados de óbito e como ocorreu a comunicação com os pais e familiares dos recém-nascidos. A investigação deverá também envolver as práticas aplicadas em termos de segurança e qualidade da prestação dos cuidados aos pacientes.
O Ministério informa no comunicado que nomeou uma equipa de especialistas nas áreas de Gineco-obstetrícia, Neonatologia e Enfermagem composta por profissionais do Hospital Agostinho Neto e da Direção Nacional da Saúde, que deverá apresentar um relatório final.
No dia 13 de maio, o Mindelinsite noticiou a ocorrência de cinco óbitos inesperados no HBS e relatou o desespero de quatro mães que perderam de repente os seus filhos. Na notícia, a direção do HBS confirma a morte de apenas 3 bebés no decurso desta semana e anunciou a abertura de uma investigação interna. Agora é o próprio Ministério da Saúde que decidiu criar uma equipa externa ao referido hospital para apurar as “causas reais” desses óbitos.
