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Corpo resgatado na Matiota: Marco Silva indignado com a quantidade de pessoas que negaram ajudar

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O corpo de um homem foi resgatado esta tarde na zona da Matiota minutos depois de ser avistado no fundo do mar por Marco Silva, quando andava numa prancha perto do trampolim. De início ficou na dúvida se era um mergulhador, mas estranhou não ver bolhas de ar.

Após ter a certeza que se tratava de um corpo imóvel no fundo do mar, Marco Silva tentou descer para ver o que podia fazer, mas sentiu muitas dificuldades por causa da prancha que tinha consigo. Nisso pediu ajuda a dois casais jovens que estavam numa pequena lancha, mas, segundo essa fonte, ficaram completamente indiferentes. “Como não quiseram ajudar pedi-lhes que fossem buscar os salva-vidas na praia da Lajinha e nem assim foram prestativos”, acrescenta o jovem, que se mostra indignado com tamanha insensibilidade.

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Entretanto, a sua esposa, que já estava nervosa, foi para a terra solicitar o apoio de várias pessoas que estavam a frequentar o local. “De novo, ninguém quis ajudar, sem se preocupar se quem estava no fundo estava vivo ou morto”, comenta.

Até que dois rapazes decidiram nadar até ao ponto onde Marco Silva estava para marcar a localização. Ele e um dos jovens desceram e trouxeram o corpo para tona e o colocaram na prancha. Quando chegaram à terra, surgiu um monte de curiosos pedindo para tentarem reanimar o náufrago. Momentos depois chegou a Policia Nacional e o serviço dos bombeiros.

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Entre o momento em que Marco Silva viu o corpo e o instante em que ele um rapaz conseguiram fazer o resgate passaram mais de cinco minutos. E consta que o indivíduo, cujo nome não pudemos apurar, estava desaparecido havia algum tempo.

Marco Silva não sabe dizer se o indivíduo estava vivo ou morto. Dado o tempo que ficou submerso, acredita que só com muita sorte poderá sobreviver. O Mindelinsite tentou obter informação nos Bombeiros Municipais, mas fomos informados que a ocorrência foi seguida por elementos de um plantão que já não estava de serviço. Tentamos mesmo assim saber se tinham reportado o acontecimento, mas a pessoa que atendeu a nossa chamada salientou que só o comandante tem acesso a essas informações.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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