A professora portuguesa Fernanda Baltazar, condenada a 17 anos de prisão pelo homicídio do noivo, foi hoje, sábado, extraditada pelas autoridades cabo-verdianas para Portugal. A notícia foi veiculada pela Polícia Judiciária em comunicado remetido à imprensa.
Através do gabinete da Interpol Praia, a PJ comunica que este sábado foi realizada a extradição de uma mulher de nacionalidade portuguesa para o seu país de origem. Esta autoridade afirma que a detida foi condenada a 17 anos de cadeia pela prática do assassinato voluntário do namorado, tendo utilizado gelo seco, em concurso com um crime de incêndio, e que estava foragida em Cabo Verde desde 28 de fevereiro de 2021.
Acrescenta a Judiciária que a mulher, 42 anos de idade, tinha cumprido parte da pena a que foi condenada pela Justiça portuguesa e que lhe faltava ainda 14 anos, 7 meses e 17 dias de encarceramento.
“De realçar que no dia 9 de setembro de 2022 foi emitida uma Notícia Vermelha da Interpol (pessoas procuradas para extradição) por parte das autoridades portuguesas; Ainda a 22 de setembro de 2022, a mulher foi detida ao entrar na casa onde residia em Santaninha – Várzea da Companhia – Cidade da Praia”, salienta a PJ, acrescentando que em 23 de setembro de 2022 a foragida foi apresentada ao Tribunal da Relação de Sotavento. Esta instância decretou, conforme a PJ, que a mesma aguardasse os trâmites processuais em situação de detenção provisória na Cadeia Central da Praia.
A condenada foi hoje extraditada para Portugal, “após esgotar todos os recursos” e por Acórdão do Supremo Tribunal da Justiça de Cabo Verde.