O Ministro do Mar devolveu ontem 17 barcos fibrados à comunidade piscatória de São Pedro, no âmbito do edital para fibragem de embarcações de pesca artesanal, através do Fundo Autónomo das Pescas. Financiados a fundo perdido em cerca de dois mil contos, o projecto vai conferir maior segurança, reduzir o gasto de combustível e o tempo de manutenção dos barcos, disse A. Vicente.
Na sua intervenção, o ministro agradeceu a Associação de Pescadores de São Pedro pelo empenho na concretização deste projecto, realçando que todas as embarcações elegíveis foram fibrados nesta primeira fase. Os que ficaram de fora, afirmou, serão contemplados numa segunda fase. “Este é um projecto nacional que acontece em simultâneo em todo Cabo Verde. É impossível fibrar todos os barcos ao mesmo tempo, como também é impossível entregar motores e outras coisas. Todos temos de fazer um esforço para irmos consolidando este sector”, declarou.
Nas próximas fases, explicou Abraão Vicente, serão introduzidas novas técnicas de pesca e os pescadores terão de se adaptar ao novo contexto de captura. “O peixe existe mas, provavelmente, teremos de adaptar porque a natureza muda e é normal verificar alguma escassez em comparação com outros tempos. Temos de mudar a forma de pescar”, declarou, aproveitando para esclarecer que não existe nenhuma empresa de fora de S. Pedro licenciada para a actividade de observação.
Sobre este particular, o ministro garantiu que fase à denuncia recebida da comunidade de um alegado licenciamento por parte do Instituto Marítimo e Portuário para realizar esta actividade, fez-se uma investigação e constatou que, neste momento, não existe nenhuma autorização emitida seja, pelo IMP, Direção Geral do Ambiente ou das Pescas. “Peço a Associação de Pescadores de São Pedro para estarem atentos porque esta é uma actividade que está a ter alguma visibilidade e rentabilidade, mas é exclusiva para pessoal de São Pedro. Esta é uma actividade comunitária”, assegurou.
A localidade de São Pedro junta-se as comunidades piscatórias do Porto Novo (Santo Antão), Santa Cruz, Rincão e Praia (Santiago), cujas embarcações fibradas já foram devolvidas.
