Cada um dos cinco grupos oficiais que vão abrilhantar o Carnaval de São Vicente em 2023 receberam esta manhã um cheque de 150 mil escudos, no âmbito de um acordo com a Enapor, empresa que tradicionalmente apoia os desfiles com equipamentos e atrelados. Este ano, a comparticipação da Enapor no carnaval das ilhas de S. Vicente, S. Nicolau, Sal e Santiago atinge os 20 mil contos em dinheiro destinado aos grupos e Câmaras Municipais, além de materiais diversos. Esta manhã, no acto de assinatura do protocolo com os grémios mindelenses, o PCA da empresa, Irineu Camacho, enalteceu o impacto dessa política social na valorização da cultura nacional.
Foi uma cerimónia simples em que, basicamente, as partes assinaram o protocolo e os grupos receberam os cheques em mãos. O PCA da Enapor explicou que a empresa investiu nas quatro ilhas onde se brinca o Carnaval – São Vicente, São Nicolau, Sal e cidade da Praia – à volta de 20 mil contos. “Cerca de 5 mil contos foram entregues às Câmaras Municipais destas quatro ilhas. A nível da cedência de equipamentos para melhorar a logística do Carnaval, ou seja, para que os grupos possam ter condições de montar os seus andores nomeadamente atrelados e tratores, o investimento foi de cerca de 15 mil contos”, esclarece.
Em São Vicente onde a festa é maior, segundo este responsável, para além do cheque entregue esta manhã directamente aos cinco grupos oficiais – Monte Sossego, Cruzeiros do Norte, Estrela do Mar, Flores do Mindelo e Samba Tropical -, a Enapor disponibilizou mais três mil contos à CMSV. Já o montante estimado com a cadência de equipamentos ronda os 11 mil contos.
Ireneu Camacho justificou esta intervenção da Enapor por se tratar de uma das empresas que tradicionalmente impulsiona o Carnaval, tendo destacado o impacto dessa política social da empresa no desenvolvimento económico e cultural do país.
Já o presidente da Escola de Samba Tropical, que falou em representação dos grupos presentes, enalteceu este apoio da Enapor, sobretudo neste ano de retoma com muitas dificuldades. Por isso, frisou, o agradecimento e o reconhecimento serem ainda maiores. David Leite alertou, no entanto, para a impossibilidade de cumprir um dos requisitos do acordo de financiamento, evocando o regulamento do Carnaval que proíbe o uso de marcas nos carros-alegóricos sob pena dos grupos serem penalizados, o que foi imediatamente acatado pelo PCA da Enapor.