A Cidade do Mindelo abriu as portas do coração para celebrar a entrada do ano 2023 ao seu estilo. Num clima ameno, que ajudou a temperar o ambiente festivo, milhares de pessoas invadiram o centro da urbe para ouvir o tradicional “Pite na Baia”, apreciar o fogo-de-artifício na Avenida Marginal e depois dançar no baile popular na Rua de Lisboa. Todas as pessoas abordadas pela reportagem do Mindelinsite confessaram que estavam ansiosas por voltar a sentir essa “vibe”.
Caso do músico Tó, que deu nota positiva ao ambiente de paz presente na Rua de Lisboa, apesar da presença de milhares de pessoas. “Um ambiente humano típico da morabeza do mindelense. Uma sensação muito prazerosa, que demonstra que sabemos curtir a passagem de ano. Temos de apostar ainda mais nesta festa, transformá-la num produto para chamar mais pessoas para esta cidade por altura do S. Silvestre”, salienta esse técnico bancário.
A expectativa geral é que 2023 venha a trazer mais “sorte” para as famílias cabo-verdianas e que não surjam novas pandemias e guerras. O empresário Toi Apolinário assume que 2022 foi um ano difícil, mas já sabe o que vai fazer neste novo ano para ajudar no crescimento socioeconómico de Cabo Verde. “Sou uma pessoa positivista e acredito que podemos fazer muita coisa boa por esta terra. E, da minha parte, já tenho várias pessoas mobilizadas neste sentido”, revela.
Mantorras também tem esse fio de esperança no futuro. Conhecido pela forma dinâmica como leva a vida, sente que as coisas tendem a regressar ao normal e faz votos que sigam nesse caminho.
Esta é a primeira vez que Samira Santos curte o “Fim Done” na cidade do Mindelo, onde passou recentemente a viver, vinda da Capital. Aquilo que encontrou na Rua de Lisboa condiz com a expectativa que tinha. “A minha opinião sobre a festa é positiva. Sabim”, confessa Samira, acompanhada da irmã Arsénia Santos, que corroborou as suas palavras. Ela que, confessa, estava ansiosa por sentir essa energia humana positiva em S. Vicente, após dois anos sem baile devido a pandemia da Covid-19.
