O Samba Tropical conseguiu a disponibilidade de um espaço cedido pela empresa Fonseca&Santos para montar o estaleiro, pelo que, segundo David Leite, o desfile da escola está assegurado para a noite de segunda-feira no sambódromo do Mindelo. Essa ajuda, conforme o presidente do Samba, surgiu após lançar o alerta no Mindelinsite sobre a possibilidade de cancelar a participação do Samba no Carnaval devido a falta de um lugar para construção do carro alegórico.
“Nunca tivemos um apoio tão significativo e prático. Vamos usar os dois campos da antiga academia Carlos Alhinho, um para os ensaios e outro para o estaleiro, o que é muito vantajoso para o Samba”, revela Daia Leite. Segundo este carnavalesco, o Samba vai usar o campo com bancadas para os ensaios, o que irá criar boas condições para a assistência e libertar a arena para os foliões e a batucada. Em jeito de conclusão, Leite afirma que Fonseca&Santos torna-se na maior patrocinadora do Samba Tropical. Os ensaios começam no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira.
O Samba Tropical não era o único grupo a enfrentar problemas com o estaleiro, segundo o edil Augusto Neves. Resolvido esse problema, a CMSV está agora a ver como auxiliar os grémios que vão participar no desfile oficial. A autarquia já disponibilizou a primeira tranche do apoio financeiro e representantes dos grupos viajaram na passada segunda-feira para o Rio de Janeiro para compra de acessórios e outros materiais essenciais para a confeção de trajes e para a bateria. “Esta deslocação é importante porque os grupos podem obter vários materiais que não temos disponíveis no nosso mercado”, frisa o edil, para quem a parceria com o Brasil tem sido muito vantajosa para o Carnaval mindelense.
Augusto Neves acredita que o Carnaval-’23 será melhor que a edição anterior, realizada em 2020. Porém, o autarca tem dúvidas se o sistema sonoro estará mais bem afinado para evitar as oscilações verificadas até agora. Ciente da importância deste quesito, a CMSV já contactou uma equipa técnica para analisar a situação. “Se não fosse a Covid estaríamos hoje completamente satisfeitos com a propagação do som”, comenta Neves. O autarca ressalta, entretanto, que o problema não está nos equipamentos adquiridos pela CMSV, mas sim com a potência dos geradores usados nos trios eléctricos dos grupos.