O Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento (JRCC) da Guarda Costeira suspendeu as buscas pelo homem desaparecido na praia de Jôn Debra desde o dia 06 de dezembro. Apesar das afirmações de familiares que garantem ter visto “um vulto no mar”, o Centro garante que, pelo menos até agora, são apenas falsos alarmes. Decorrido mais de 72 horas, e após palmilhar a área, esse serviço diz que o corpo, se emergir, deve estar longe. Esclarece, entretanto, que as buscas não foram encerradas.
Em comunicado, o JRCC faz uma cronologia dos eventos, informando que, no dia 08 de dezembro, às 7h40 minutos a embarcação Metal Shark 01 largou do Porto Grande com quatro mergulhadores para a zona do incidente, para retomar as buscas. “Foram efectuados no total dois mergulhos com duração de 2 horas, sem sucesso. Também foram efectuadas buscas apeadas com um total de 13 militares nas proximidades do local”, detalha.
No período da tarde foram novamente efectuadas buscas com a mesma embarcação e apoio de cincos motos do mar da Associação de Motos de São Vicente, também sem sucesso. “As buscas foram suspensas, com diminuição da visibilidade da luz do dia e retomadas no dia seguinte”, pontua o JRCC, acrescentando que, durante todo o desenrolar da operação, foi mantido contacto com a esposa e os familiares da vítima.
No dia seguinte, 9 de dezembro, largaram do Porto Grande as embarcações Metal Shark 02 em direcção ao sul – Lazareto, Morro Branco e atrás do Morro Branco – e Metal Shark 01 com quatro mergulhadores para a zona do incidente. Foram efectuados novamente dois mergulhos com duração de 2 h, mas sem resultados.
“As buscas foram desencadeadas com apoio do nosso software Sarmaster, que é um sistema automatizado que tem sua operação baseada em um banco de dados idealizado para actuar como ferramenta que permite a agilização e o registo de todos os procedimentos previstos para coordenação do SAR, desde o recebimento de uma mensagem de alerta e do início de um caso SAR até o encerramento ou suspensão da operação”, esclarece o JRCC,
O Centro acrescenta que, baseado nisso, e com a experiência adquirida ao longo do tempo em casos desse gênero, uma pessoa que perca a vida por afogamento o corpo emerge num período máximo de 72 horas. Nesse sentido, e ultrapassado o tempo previsto, o Centro suspende as buscas. Contudo, continua em alerta.