A disputa da Taça de Cabo Verde em Fisiculturismo na Academia Jotamont despertou em Jorge Barreto lembranças da sua infância, quando o pai, o professor Djô Borja, o levava para o Ginásio Progresso, na cidade do Mindelo. Barreto fez essa confidência num curto discurso de agradecimento como representante do seu pai, enquanto figura homenageada pela organização da terceira edição do campeonato nacional e que aconteceu pela primeira vez em S. Vicente. O professor de Educação Física foi escolhido enquanto pioneiro que estimulou a prática de várias modalidades desportivas em S. Vicente, com destaque para o Fisiculturismo.
Jorge Barreto revelou que era levado para o ginásio pelo pai e que, quando o espaço de treino foi transferido para o terraço da casa onde viviam, era obrigado a ir treinar a qualquer custo. “Lembro-me de algumas pessoas, que provavelmente devem estar cá, que tinham a incumbência de ir buscar-me e levar-me para o treino. Era uma luta porque eu era um pouco preguiçoso, mas tinha que ir porque o meu pai era rigoroso e levava o desporto como muita seriedade”, contou Barreto aos presentes.
Segundo Barreto, o seu pai dava a vida pelo desporto. Tanto assim que corria sempre para a Casa Sena quando ia de férias a Portugal para comprar equipamentos que trazia para o seu ginásio. Recorda que Djô Borja chegou a organizar várias competições para incentivar os jovens.
“Ele acreditava que os jovens podiam ter disciplina e um objectivo na vida se praticassem desporto”, frisa Barreto, que agradeceu o convite para representar o pai nessa homenagem. Enfatizou que, se o seu pai estivesse presente na Academia Jotamont certamente iria fazer o local vibrar tanta é a sua paixão pelo fisiculturismo.
Djô Borja, como o professor é tratado, encontra-e doente. Ele tem uma longa história no desporto liceal enquanto treinador das modalidades de basquetebol e voleibol, fundamentalmente. Além disso, empenhou-se de corpo e alma no Carnaval do Mindelo como mentor e presidente do grupo Maravilhas do Espaço.