O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) de João Lourenço venceu as eleições gerais com 51,7% dos votos, com 97,3% das mesas de votação apuradas, segundo resultados provisórios avançadas pela Comissão Nacional das Eleições. O principal partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), de Adalberto Costa Júnior, ficou em segundo lugar, com 44,05%, mas logo no início da apuração dos votos alegou que os dados não eram “confiáveis”
A apuração começou na quarta-feira, 24, depois do fim da votação considerada a mais acirrada na história do país. O MPLA elege 124 deputados e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), que teve 44,05% do total dos votos apurados, fica com 90 assentos no Parlamento.
Esta ex-colônia portuguesa é a 2ª maior produtora de petróleo da África, mas também figura entre as nações mais desiguais do mundo. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país é de 0,581 – a 148ª posição entre os 189 territórios considerados pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento, segundo dados de 2020.
A insatisfação com a situação económica e social do país continuará a ser um desafio para o governo, além do desemprego. Hoje Angola é um país bipolarizado, pelo que não foi surpresa a maioria conquistada pelo MPLA. Já a Unita ficou com o segundo maior número de vagas na Assembleia.
O Casa-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral) tinha o 3º maior número de deputados no último mandato, com 16. Nas eleições de 2022 o partido não elegeu nenhum, tendo a maior derrota política do pleito.
FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), PHA (Partido Humanista de Angola) e PRS (Partido de Renovação Social) completam a composição da Assembleia com dois deputados cada. O actual presidente, João Lourenço, tem 68 anos e, com a vitória, acaba de conquistar seu 2º mandato. O líder do MPLA foi o sucessor escolhido por José Eduardo dos Santos, que governou o país por 38 anos.
José Eduardo dos Santos morreu em julho de 2022, aos 79 anos, depois de uma parada cardíaca. Comandou o país de 1979 a 2017.
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