Os familiares de Maria Antónia Santos de 87 anos, mais conhecida por Bia d’ Arlindo, estão indignados e exigem uma explicação da Câmara de São Vicente sobre os motivos que levaram a quebra do covato desta, falecida em março de 2021. A denúncia foi feita prima-irmã, Juliana Fortes, que reside em Monte Sossego, mas que diz ter tomado conhecimento deste vandalismo após fotos enviados de Holanda pelo sobrinho. Os dois são os únicos parentes da malograda Bia d’ Arlindo.
Juliana Fortes, mais conhecida por Zuzu, diz estar estupefacta com a quebra do covato. Esta conta que mora em Monte Sossego mas, por conta da idade avançada e também por falta de vontade, não entra no cemitério. Por isso, só tomou conhecimento da quebra do covato através do sobrinho da malograda, que reside em Holanda. “Fui informada por este sobrinho, que me enviou fotos do covato, que lhe tinham sido remetidos por um amigo de Fonte Filipe, zona onde Bia d’ Arlindo residiu até a sua morte, em março do ano passado. Ao que tudo indica, esta pessoa foi um funeral e encontrou o túmulo destruído, fotografou e enviou para o sobrinho da falecida”, conta esta idosa de 82 anos.
Inconformada, Zuzu tenta entender os motivos que levaram a quebra do covato, até porque, afirma, a prima era uma pessoa reservada. “Estou a tentar perceber o que aconteceu porque o covato é familiar. Antes, no mesmo local já tinha sido sepultado outros familiares. Vou confrontar a Câmara Municipal de São Vicente, que é responsável pelo cemitério e que, pelo menos desde o surgimento da pandemia da Covid-19, tem guardas em permanência no local. Alguém vai ter de explicar os motivos que levaram a este vandalismo e, principalmente, porque entre tanto apenas o da minha prima foi quebrado”.
Explicação ou resposta que o Mindelinsite também tentou obter, junto do vereador que responde pelo Pelouro do Cemitério, sem sucesso. Apesar das muitas tentativas, não foi possível chegar a fala com José Carlos, que não atendeu e nem retornou as ligações telefónicas.