Ao 83.º dia de invasão das tropas russas na Ucrânia, os soldados ucranianos que estavam no complexo Azovstal estão a a ser retirados do local. A ministra da defesa ucraniana revela que 53 feridos graves foram transportados para para Novoazovsk para receberem assistência médica e outros 211 foram encaminhados para Olenivka através de um corredor humanitário.
De acordo com agencias de noticias internacionais, mais de 260 combatentes foram ontem retirados da siderúrgica Azovstal, na cidade cercada de Mariupol, após terem anunciado que “cumpriram a ordem” do Conselho Supremo da Ucrânia, de salvar vidas. “Para salvar vidas, toda a guarnição de Mariupol cumpriu a ordem aprovada pelo comando militar e aguarda o apoio do povo ucraniano”, disse o batalhão Azov numa mensagem publicada nas redes sociais.
O presidente da Ucrânia já reagiu a esta retirada, tendo dito que esperava que as vidas destes militares fossem salvas. “Quero sublinhar: A Ucrânia precisa dos seus heróis vivos”, disse, num vídeo, durante a madrugada. “Graças às acções dos militares ucranianos, às Forças Armadas, serviços de informações, Comité Internacional da Cruz Vermelha e à ONU, esperamos poder salvar a vida dos nossos homens”.
A evasão é o resultado de negociações com os próprios combatentes ucranianos, que estão barricados num labirinto de passagens subterrâneas naquele complexo industrial. Segundo as autoridades ucranianas, cerca de 1.000 soldados, incluindo 600 feridos, ainda se encontram em Azovstal. Mulheres, crianças e idosos que se refugiaram na siderúrgica foram retirados no final de abril, em uma operação coordenada pelas Nações Unidas e Comité Internacional da Cruz Vermelha.
De referir que a ofensiva militar russa na Ucrânia matou mais de três mil civis e causou a fuga de 13 milhões de pessoas, segundo a ONU.
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