Termina amanhã, sábado, a parte prática de um curso de arbitragem em andebol promovido pela associação da modalidade em S. Vicente, com o apoio da federação e dos estudantes universitários da UniCV. O curso, que foi dividido em 3 dias de teórica e 3 de prática, foi destinado a árbitros regionais, treinadores, jogadores, estudantes universitários do curso de Educação Física da UniCV e alunos do terceiro ciclo. A formação, que decorreu no Centro de Estágio e nas instalações da faculdade de Educação e Desporto, acabou por abranger mais de 70 participantes, moldura humana que deixou satisfeito o formador Adilson “Doco” Lopes, presidente do conselho nacional de arbitragem da FCA.
“O curso foi dividido consoante o nível dos participantes. Para os iniciantes abordamos os aspectos básicos como os limites do campo, altura da baliza, as linhas, passos, etc. Com os árbitros no activo fizemos uma clínica, que nos deu a possibilidade de abordar situações concretas. Um dos aspectos que ficou evidente é a necessidade das duplas de arbitragem unificarem os critérios. Uma das críticas mais frequentes tem a ver com a dualidade de critérios no sancionamento de lances por cada um dos árbitros e isso cria atritos”, salientou Doco, que considerou importante as perguntas colocadas por jogadores, árbitros e treinadores durante a formação. Por estes dias, o formador tem acompanhado os participantes na parte prática, que decorre durante os jogos escolares dos salesianos.
A expectativa da AASV é que a região desportiva possa colmatar a necessidade de árbitros. Segundo Luís Fortes, essa formação estava a fazer falta devido a carência de juízes independentes para arbitrar as provas oficiais. Como explica, a equipa de arbitragem é composta em parte por jogadores e treinadores, pelo que se torna necessário resolver esse aspecto. “Há muito tempo que a associação tinha projectado esta formação. Foi feita uma formação para treinadores, faltava agora enquadrar a dos árbitros. Neste curso foi possível fazer uma reciclagem dos árbitros em função e passar conhecimento para estudantes do curso de Educação Física e alunos do terceiro ciclo. Pretendemos passar a ter um corpo de arbitragem mais vasta para dar cobertura às provas oficiais dos escalões sénior e junior”, frisa o presidente da AASV.
