As sanções imposta a oligarcas próximos do Presidente russo começaram a ter impactos até no futebol. O governo do Reino Unido impôs nesta quinta-feira sanções ao bilionário Roman Abramovich, dono do clube Chelsea, devido a invasão militar russa na Ucrânia. O empresário é um dos sete oligarcas russos cujos activos foram congelados no país.
Num documento do Tesouro do Reino Unido publicado online, Abramovich é descrito como um “oligarca pró-Kremlin” que tem ligações próximas com o presidente russo, Vladimir Putin. Abramovich negou anteriormente ter laços financeiros estreitos com Putin.
A invasão à Ucrânia fez com que os milionários russos virassem alvo de pressão política e de um pacote de sanções por parte de governos europeus e dos Estados Unidos. No futebol, os impactos começaram a ser sentidos.
Antes que o Reino Unido bloqueasse o dinheiro do Chelsea, Abramovich anunciou que iria colocar o actual campeão europeu e mundial à venda. O clube está avaliado em 2 biliões de dólares após os 19 anos da gestão do empresário. O congelamento de ativos anunciado hoje significa que a operação não será mais possível.
O Everton, também da Premier League, comunicou o rompimento de todos os contratos com Alisher Usmanov, homem próximo de Putin e dono da holding que é uma das principais patrocinadoras do clube.
Apesar da sanção, o Chelsea receberá uma licença especial para continuar jogando e assumir os compromissos com os funcionários. Para se garantir que Abramovich não receba nenhum lucro, o clube não poderá mais vender novos ingressos para nenhum jogo ou mercadorias em suas lojas ou site. As restrições financeiras podem afetar desde viagens para jogos até a capacidade da equipa de comprar e vender jogadores.