ME visita ESJB e fala em mexidas nas estruturas do ME: Maria Helena é nova directora dos Serviços de Gestão Pedagógica
O Ministro da Educação visitou hoje a Escola Secundaria Jorge Barbosa, a maior estrutura de ensino secundário de S. Vicente e que vem enfrentando algumas dificuldades e, por isso, foi levar “um abraço de solidariedade”. Em declarações à imprensa, Amadeu Cruz anunciou algumas mexidas no xadrez da educação a nível local e nacional, caso por exemplo da delegada da Educação em São Vicente, Maria Helena Andrade, que vai assumir o cargo de Directora dos Serviços de Gestão Pedagógica, Avaliação e Inclusão Educativa, e também da reforma do ensino secundário no próximo ano lectivo.
“Quisemos vir aqui trazer um abraço de solidariedade neste contexto de Covid em que houve um incremento dos casos fora da escola, mas tivemos de iniciar as aulas no dia 06 de janeiro. Aquilo que pudemos constatar aqui e nas demais escolas do pais é que tem havido uma adesão dos adolescentes e jovens ao programa de vacinação”, declarou o governante, lembrando que os professores ja tinham aderido em massa e que as escolas continuam a observar as normas de sanitárias, pelo que estas são locais seguros. “Esperamos que assim continue e que as escolas continuem em funcionar, independentemente de haver um ou outro caso.”
Relativamente as mexidas nas estruturas locais e nacionais do ministério, Amadeu Cruz admitiu “pequenos ajustes”, destacando a nomeação do Director Nacional de Educação, Adriano Moreno, anterior delegado do ME na Praia. Para o cargo, foi nomeada a actual directora da ES Pedro Gomes, Constantina Afonso. “A delegada do ME em São Vicente, Maria Helena Andrade, foi chamada para funções nos serviços centrais. Vai ser a nova Directora dos Serviços de Gestão Pedagógica, Avaliação e Inclusão Educativa”, confirma.
Para o lugar de Maria Helena, foi chamado o actual director do Liceu Ludgero Lima, Jorge da Luz, que já foi director da Escola Técnica do Mindelo e também deputado pelo MpD. Sobre esta escolha, que aparentemente terá sido recebida com estranheza por alguns docentes e funcionários do ME, a tutela da Educação admite que é uma opça6o politica, mas também técnica, tendo em conta que se trata de uma pessoa com uma formação sólida nos valores humanos e em pedagogia e, portanto, reune todos os requisitos para ser um bom delegado do Ministério da Educação na ilha de São Vicente.
Questionado sobre a situação dos professores à espera de reclassificação e dos estudantes que completaram a sua licenciatura em Ciências de Educação e que ainda não foram integrados, o ministro afirmou que estão a resolver as pendências e há um compromisso assumido com os sindicados de fechar o processo com os docentes até 2023. “Assumo aqui a nossa responsabilidade e compromisso de resolver as pendências com reclassificações, atribuição de subsídios por não redução de carga horária e lançar um olhar aos reformados até 2023 para ter assim a estabilização da gestão das carreiras dos docentes e dos funcionários porque não são só professores.”
Quanto aos estudantes licenciados em Ciências da Educação e que ainda não foram integrados no ME, o governante tranquiliza e garante que ainda esta semana, o mais tardar na próxima, serão lançados concursos para o ingresso de novos professores na carreira docente. Já em relação as informações sobre a retirada da disciplina Cultura Cabo-verdiana dos currículos escolares, o ministro lembra que se está em processo de reforma do ensino secundário, concluída que está a do ensino básico até ao oitavo ano de escolaridade.
Deixa, no entanto claro, que a reforma vai valorizar a identidade nacional através da história, da cultura e da geografia de Cabo Verde no ensino básico. Já em relação o ensino secundário, vai ser reforçado com a disciplina Língua e Cultura Cabo-verdiana a partir do 10 de escolaridade. “A nova matriz curricular já está em vias de ser publicada. Vamos introduzir uma disciplina opcional, ainda com caracter experimental, para vermos as condições em que podemos, de facto, ter a Língua Cabo-verdiana como uma disciplina do secundário. Vamos introduzir esta disciplina ja a partir do próximo ano lectivo. Vamos ter uma fase piloto do ensino da Disciplina Língua Cabo-Verdiana e Cultura Cabo-verdiana”, assegura Cruz.
Sobre o ensino para adultos, o governante esclarece que o ministério da Educação tem a obrigação institucional de garantir o acesso à alfabetização até o oitavo ano de escolaridade. Depois, entra-se em uma sede diferente que é de formação ao longo da vida que vai abarcar o ensino técnico, sendo que esta contempla a formação de adultos em uma óptica profissionalizante. “Cria oportunidade para os jovens que não têm escolaridade secundaria completa de, por um lado, poderem estudar até o 12º ano e, por outro lado, terem conhecimentos mais técnicos para exercerem uma profissão. É esta reforma que estamos a fazer no âmbito do ensino secundário”, finaliza