Cabo Verde perdeu por uma margem mínima frente a seleção de Montenegro,(30/29) no seu terceiro jogo para o Torneio das 4 Nações, que acontece na Tunísia. A Seleção Nacional somou uma vitoria e duas derrotas, mas deixou uma “boa imagem” do nível do andebol no país entre os “grandes” do continente e no mundo, segundo avançou o presidente da federação da modalidade, Tony Teixeira.
Foi um jogo muito equilibrado, mas a seleção de Cabo Verde foi para o intervalo com uma ligeira vantagem. Na segunda metade da partida, as duas seleções ficaram num “hora marcas tu, hora marco eu”, e, com o jogo empatado a 15 segundos para o final da partida (29/29), Montenegro marcou o “golo de ouro”.
Numa curta declaração ao Mindelinsite a partir da Tunísia, o presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol, Tony Teixeira, falou da importância de participar no torneio e do equilíbrio do jogo disputado hoje com Montenegro. “A participação de Cabo Verde neste torneio foi extremamente positiva. Estivemos entre as melhores. Basta dizer que a Tunisia é a segunda melhor selecção da África, atrás de a do Egipto; Suíça está no Top 20 e Montenegro no Top 30 do mundo. Isto em um ranking onde Cabo Verde sequer aparece”, declara.
Mesmo assim, a sua performance e empenho foram irrepreensíveis, espelhados nos resultados finais das partidas: perdeu com a equipa da casa, a Tunisia, por uma diferença de um golo, venceu a Suíça por dois e foi novamente derrotado por 30-29. “Perdemos este último desafio, mas as pessoas que estiveram a assistir com certeza viram que foi muito equilibrada. No último lanc perto da baliza, em que um jogador de Cabo Verde atirou para a baliza e um adversário cortou com a bola com o pé, o árbitro deu-lhe dois minutos, mas não marcou os sete metro, conforme as regras.”
Apesar de descontente com esta decisão, Tony Teixeira deixa claro que Cabo Verde não aspirava com esta participação a vitória. Veio sim para participar e preparar a Seleção para o campeonato da África. E as indicações que deixa são de que estão no bom caminho. “Temos uma nova equipa técnica liderada pelo sérvio Ljubomir Obradovic, que é um nome no mundo do andebol. Então, foi extremamente positivo e deixamos uma boa imagem. A imprensa e agências africanas ficaram curiosas na squência do jogo de Cabo Verde contra a Tunísia. Perceberam que somos uma equipa para se levar a sério no continente”, assegura o presidente da FCA.
Agora, diz, é continuar a trabalhar, lembrando que uma seleção não pode participar em nenhuma competição com ambição de ganhar, sem trabalhar. E, neste caso, teve apenas dois dias de treino em Portugal para tentar absorver as ideias da nova equipa técnica. Alerta também para a necessidade de se investir, sabendo que o objectivo principal é entrar no Campeonato do Mundo da Polónia pela segunda vez consecutiva e mostrar que a primeira presença não foi por acaso.
Um segundo objectivo, afirma, é atingir o Top 3 da África. “Acho que é possível e todos os jogadores acreditam que, com trabalho, chegaremos lá”, acrescenta. Teixeira aproveitou para lembrar que a Seleção não viajou para Tunisia na máxima força. É que alguns jogadores foram “barrados” na França porque ainda não tinham a vacinação completa. A par disso, a equipa perdeu o voo e foi obrigado a fazer outras despesas. “São coisas que acontecem. Tínhamos de estar aqui e conseguimos. Acho que a imagem de Cabo Verde e o próprio pais saiu a ganhar.”