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CCV nega visto a Tânia Morais para assistir ao funeral da irmã vítima de acidente: “Indignada!”

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A jovem Tânia Morais está indignada com a decisão do Centro Comum de Vistos de negar-lhe entrada na Europa para ir assistir ao funeral da irmã Stacylen Medina, falecida há uma semana num acidente de carro em Luxemburgo, e dar assistência ao pai. Tânia Morais garante que meteu toda a documentação com a ajuda da tia Verónica Morais, que trabalha na Embaixada de Cabo Verde na Holanda e costuma lidar com pedidos de vistos para efeito de funeral, os documentos foram remetidos ao CCV via Ministério dos Negócios Estrangeiros, pagou 8.882 escudos, mas, para seu espanto, o pedido foi negado.

Segundo a jovem, apresentou uma certidão de óbito e um comprovativo do salário da tia residente nos Países Baixos (Holanda), mas a resposta do CCV foi que os dados disponibilizados não eram fiáveis.

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Para a jovem, esta decisão foi uma facada no peito. Ela pretendia viajar na sexta-feira à noite e chegar a tempo de acompanhar o funeral no sábado, mas tudo foi por água a baixo. E o que a deixa mais confusa é o facto de o CCV ter-lhe atribuído um visto antes para ir estudar na Europa. Só que foi impedida de viajar devido a Covid-19. Quando decidiu partir, foi-lhe exigido um novo processo, que, entretanto, lhe foi negado.

“Se tivesse a intenção de ficar na Europa teria aproveitado esse primeiro visto enquanto estava em vigor”, frisa essa jovem, que contactou o Mindelinsite para expor a sua indignação. Sentimento que, aliás, invade outros familiares. Prova disso foi o post do tio Ary Morais no Facebook, que pergunta se o CCV existe para ajudar ou prejudicar os cabo-verdianos. “É inadmissível que alguém que perde a irmã e a família faz aquele esforço, entrega toda a papelada, entretanto, o visto é negado. Porquê?”, desabafa Ary Morais, que indaga se o pessoal do CCV não tem sentimento ou se é força de crueldade.

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Tanto Tânia Morais como o citado irmão criticam a postura do CCV de primeiro cobrar o dinheiro do pedido, no valor de 8.822 escudos, para depois negar o visto. Para eles não faz sentido o serviço ficar com o dinheiro, se negou o pedido.

Tânia Morais pretendia acompanhar o funeral da irmã Stacylen Medina, falecida num brutal acidente de viação em Luxemburgo, quando regressava para Holanda, onde vivia, na companhia de outros amigos. A moça acabou por ser a única vítima mortal do desastre.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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