AAC diz que certificação do grupo Sevenair é para ministrar cursos apenas em PT
A Agência de Aviação Civil afirma que certificou a Cenfortec, empresa do grupo Sevenair, como organização de formação estrangeira para ministrar cursos de Técnico de Manutenção de Aeronaves, apenas em Portugal, conforme as Especificações de Formações, documento que faz parte do certificado emitido. Trata-se de uma reação a notícia veiculada pela imprensa sobre a aprovação da Sevenair Academy, que anunciou a sua intenção de formar 12 técnicos do país por ano e, diz, visa afastar qualquer equívoco.
De acordo com esta agência, as certificações de organizações de formação estrangeiras encontram-se limitadas à realização dos cursos nos países e locais onde essas entidades de formação estão registadas, neste caso em Portugal, tendo como base a certificação feita no pais de origem. “A Sevenair Academy, contrariamente ao teor da peça veiculada, não é a primeira organização de formação estrangeira a ser certificada pela Agência de Aeronáutica Civil, como se pode depreender da Lista de Organizações de Formação Aprovadas pela AAC, disponível no site www.acc.cv”.
Á Lusa, o director comercial da Sevenair garantiu que a aprovação da organização de formação de técnicos de manutenção de aeronaves por parte da AAC reforça a aposta do grupo no mercado cabo-verdiano. “Acreditamos que Cabo Verde tem potencial para fazer crescer o seu mercado de aviação e ser uma referência regional nesta área”, disse Alexandre Alves, realçando que a aprovação do regulador permite à Sevenair Academy, “tornar-se na primeira organização de formação aprovada para formação de técnicos de manutenção de aeronaves em Cabo Verde e autorizada a conduzir formações e exames”, segundo as especificações da formação.
“Pretendemos assim reforçar o número de alunos oriundos de Cabo Verde e caminhar para um futuro não muito longínquo, em que possamos ter a actividade da formação feita toda em Cabo Verde”, reforçou, acrescentando que a Sevenair Academy, a partir de agora, permite aos cabo-verdianos o reconhecimento da formação com vista à obtenção das licenças EASA-Agência Europeia para a Segurança da Aviação e da da AAC, “abrindo os horizontes de trabalho aqueles que pretendem trabalhar nesta área”.
“Contamos ter pelo menos 12 alunos [de Cabo Verde] por ano nesta área, tanto aqueles que se pretendem iniciar no sector como aqueles que fizeram formações da área noutros países e que por diversos motivos, entre os quais a falta de aprovação das certificações, não têm conseguido obter uma licença de técnico de manutenção”, rematou Alves.