As amigas Beatriz S. Lima e Goretty Miranda juntaram as suas qualificações e experiências em duas áreas profissionais complementares e lançaram a empresa Click, vocacionada para o marketing digital. Formadas em Informática de Gestão e Ciências da Comunicação, respectivamente, há onze meses que andam a desbravar terreno numa área bastante moderna, mas que ainda encontra muita resistência da parte de determinados gestores. Tal como outras empresas que precisam facturar através da publicidade, como as websites de noticias, enfrentam dificuldades em convencer pequenas e até grandes empresas sobre a importância da divulgação dos seus produtos e serviços através das plataformas digitais.
“Temos feito um enorme esforço, com uma média de cinco reuniões diárias com potenciais clientes. Hoje já trabalhamos com um total de 12 restaurantes, clínicas, drogarias e com um arquitecto em S. Vicente, Santo Antão e Sal”, informa Beatriz Lima, 24 anos. Para esta jovem, o resultado poderia ser melhor e espera crescer a carteira de clientes.
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“Click”, conta esta sócia-gerente, surgiu quando ela e a colega Goretty estavam desempregadas. Cientes das suas capacidades técnicas, decidiram aventurar-se no mercado enquanto donas do seu próprio negócio. “Decidimos abrir uma empresa onde pudéssemos aplicar os nossos conhecimentos para ajudar outras empresas no seu plano de marketing digital, desde um bar a uma grande sociedade”, informa. Para o efeito, criaram uma tabela de preços a condizer com as diversas realidades e que vai dos 1.500 aos 10.000 escudos.
O objectivo, frisa Beatriz Lima, é levar os clientes a divulgar os seus produtos e estabelecer contacto directo com o mercado com um simples click. Além da gestão e criação de páginas nas redes sociais e de websites, oferecem menu e cartão de visita digital. “Enfim, um leque de ferramentas para conectar as empresas com os seus clientes sem muito esforço”, salienta essa fonte.
O resultado tem sido “interessante”, segundo Beatriz Lima. Ilustra com o caso de um restaurante-residencial afectado pela pandemia e cujo dono já estava completamente desanimado. No primeiro mês de experiência viu logo a sua facturação mudar. “Ainda podemos ilustrar com uma drogaria, que passou a ver-nos como parte da loja. Fazemos encontros mensais e o gerente já sabe o que publica e quanto tempo quer deixar a informação disponivel”, acrescenta.
Neste momento, Beatriz Lima e Goretty Miranda trabalham a partir de casa. A primeira reside em S. Vicente e a outra na ilha de Santo Antão. Mas essa distância física é eliminada com os meios de comunicação. Aliás, fazem os seus trabalhos com os clientes basicamente pela internet. “A distância nunca foi um emperramento para a nossa empresa.”
Confiante no futuro, Beatriz Lima espera abrir um espaço físico e contratar mais pessoas. E mais pessoas significa em particular os colegas da universidade, que conquistaram o seu diploma, mas ainda continuam à espera de uma oportunidade.
