O mapa de apuramento geral dos resultados da eleição dos deputados à Assembleia Nacional nas legislativas de 18 de abril e a sua distribuição pelos 13 círculos do território e do estrangeiro foi ontem publicado no Boletim Oficial. Este confirma a vitória do MpD- Movimento para Democracia por maioria absoluta. Diz ainda que, dos 392.951 eleitores inscritos, apenas 57,41% se dignaram ir às urnas. Destes 50,04% votaram no MpD, 39,57% no PAICV e 8,99% na UCID. Em relação aos demais partidos, 0,94% escolheram o PTS, 0,35% o PP e 0,12% o PSD.
De acordo com os dados constantes do mapa, Brava foi a ilha em que o MpD, partido vencedor das legislativas com um total de 110.211 votos, teve a votação mais expressiva (58,78%), seguido por Santo Antão (58,28%), Sal (57,68%) e Maio (57,61%). Em sentido contrário, o partido ventoinha teve menos votos no estrangeiro, tendo conseguido apenas 33,55% nas Américas, 40,53% Europa e resto do mundo, 47,6% na África e 48,52% no Fogo.
Já o PAICV, o segundo partido mais votado com 87151 votos, venceu em toda a diáspora. Nas Américas recebeu 60,83% dos votos, 50,80% dos votos na Europa e resto do mundo e 48,90% na África. Em Cabo Verde venceu apenas no Fogo, com 49,82% dos votos. Santo Antão foi onde conseguiu menos votos, com 29,25%, seguido por São Vicente com 25,71, ilha onde, uma vez mais, foi a terceira força política, atrás do MpD e da UCID.
A UCID consolidou-se como o terceiro partido político em Cabo Verde. Os democratas-cristãos conseguiram 19.196 votos, ou seja, 8,99% do total nacional. A maioria dos votantes da UCID estão em São Vicente, 10.815, ou seja, 35,17% dos votos válidos da ilha. No entanto, apesar de ser um partido que nasceu na diáspora, a sua expressão eleitoral nos círculos da África, Américas e Europa e resto do mundo foram inexpressivas, 1,65%, 1,99% e 6,75%, respectivamente.
Traduzidos em mandatos, o MpD elegeu Jorge Santos, Ângela Gomes, Damião Medina e Armindo da Luz (Santo Antão), Paulo Rocha, Mircêa Delgado, João Gomes e Maria Trigueiro (São Vicente), Nelson Brito (S. Nicolau), Janine Lélis, Carlos Santos e Georgina Gemiê (Sal), Elisabete Évora (Boa Vista), Joana Rosa (Maio).
Ainda: Ulisses Correia e Silva, Filomena Gonçalves, Elísio Freire, Olavo Correia, Edna Oliveira, Alberto Melo, Gilberto Silva, Isa Costa, Paulo Veiga e Alcides de Pina (Santiago Sul), Austelino Correia, Carmen Martins, Abrão Vicente, Celso Ribeiro, Anilda Tavares, Francisco Sanches, José Moreno e Isa Monteiro (Santiago Norte), Filipe Santos e Vanuza Barbosa no Fogo, Fernanda Burgo na Brava, Orlando Dias (África), Maria Wright (Américas) e Emanuel Barbosa (Europa e resto do mundo). São no total 38 deputados.
O PAICV elegeu Rosa Rocha e Albertino Mota (Santo Antão), Josina Freitas e João do Carmo (São Vicente), Hipólito dos Reis (S. Nicolau), Démis Almeida (Sal), Walter Évora (Boa Vista), Edson Rosa (Maio), Janira almada, Rui Semedo, Julião Varela, Ana Paula Moeda, Carlos Tavares, Carla Lima, Manuel Brito, Fidel de Pina e Adélsia Duarte (Santiago Sul).
Ainda: João Batista Pereia, Carla Cardoso, Armindo Correia, Carlos Rodrigues, Eveline Ramos e António Fernandes (Santiago Norte), Eva Ortet, Luís Pires e Carlos Fernandinho Teixeira (Fogo), Clóvis Silva (Brava), Mário Teixeira (África), Alberto Alves (Américas) e Francisco Pereira (Europa e resto do mundo), totalizando 30 deputados.
Já a UCID elegeu o seu presidente, António Monteiro, Zilda Oliveira, Amadeu Oliveira e Dora Pires, todos pelo círculo eleitoral de São Vicente.
A publicação do mapa foi, entretanto, feita, segundo críticos, às pressas e sem conferencia dos partidos políticos concorrentes. Por isso mesmo, apresenta ainda algumas incongruências, sobretudo quanto aos resultados em alguns círculos eleitorais, caso por exemplo de Santiago Sul.
