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Alunos de Ciências de Comunicação da “Lusófona” com curso em risco por falta de professores

 

Os alunos do curso de Ciências de Comunicação da Universidade Lusófona estão desesperados devido a falta de condições da instituição para concluir a formação superior. A escassez de equipamentos e professores – que os impede de cumprir com o calendário curricular – assim como o bloqueio das notas são alguns aspectos que, dizem, ameaçam a continuidade das aulas e a conclusão do curso no tempo previsto.

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“Este semestre já era para estarmos na primeira avaliação, porém, antes da interrupção das aulas por causa do Natal, tínhamos apenas um professor que lecionava duas disciplinas que, no entanto, disse-nos que não irá mais prosseguir o trabalho connosco. Não sabemos mais a quem chegar, nem conhecemos o atual coordenador do curso”, lamenta Ângela Reis, porta-voz de 11 universitários do curso de Comunicação Social do quarto ano.

Esta estudante acrescenta que não obteve nenhuma resposta ou solução da universidade que a satisfaça e acredita que a instituição não possui condições para continuar a funcionar. “Temos apenas um projetor para todas as turmas, queriam que tivéssemos aulas práticas online com um professor que está no Brasil e pedimos uma sala com computadores e internet, o que não nos foi atendido”, expõe a aluna.

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A situação não é recente, pelo que Ângela Reis pôde constactar, pois desde o terceiro ano que esperam pelas suas notas, que foram bloqueadas por professores supostamente devido a falta de pagamento de salários.

De acordo com a mesma fonte, reina uma “grave” falta de comunicação entre a universidade e estudantes e, quando pedem explicações, são “manipulados” ou recebem respostas “enganosas” por parte da direção. A mesma fonte acrescenta que a escola chega a atribuir-lhes notas “fantasmas” ou “administrativas” quando pedem uma declaração.

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“Iniciamos o ano letivo sempre com atraso de dias ou mês. Dizem-nos que os professores em falta irão chegar dentro de dias ou semana, mas nunca aparecem e a ULCV não nos informa de nada“, continua a universitária. Esta acusa a universidade de desonestidade com os alunos que pagam todos os meses 15 mil escudos de propina por um serviço “mal prestado”.

Agastados, e temendo que a situação continue do mesmo jeito, os alunos decidiram procurar a comunicação social e reuniram-se esta manhã (8) à frente da universidade para reivindicarem soluções aos responsáveis deste pólo universitário em São Vicente.

O momento seria para se preparem para os referidos estágios e o mercado de trabalho, mas sentem-se abandonados e sem ferramentas teóricas e práticas necessárias para isso.

A Universidade Lusófona foi contactada através do email do reitor para apresentar o lado da instituição, mediante as questões levantadas pelos estudantes, mas, até a publicação desta notícia, ainda não havia retorno. O Mindelinsite continua disponível para ouvir a Universidade Lusofona, caso seja do interesse da escola.

Sidneia Newton

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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