O Ministro da Cultura e das Industrial Criativas anunciou ontem na abertura da 5a edição da Feira de Artesanato e Design (URDI-2020), que o novo edifício do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), ainda em obras, deverá ser inaugurado em janeiro do próximo ano. Abraão Vicente garantiu ainda que este edifício albergará obras de artistas cabo-verdianos, adquiridos pelo Estado de Cabo Verde, no valor de dez mil contos.
De acordo com o governante, o espaço do CNAD terá uma exposição fixa e também mostras rotativas que serão deslocadas pelas outras ilhas. Quando a URDI 2020, que este ano recebe cerca de 200 artesãos de todas as ilhas, Abraão Vicente destacou o facto deste ter evoluído para um evento nacional. “A pandemia, em vez de parar a URDI, acelerou aquilo que era o projecto inicial, para um formato diferente de descentralização e participação dos restantes 21 município como co-patrocinadores”, explicou.
É que, este ano, os artesãos vão estar nos seus atelier, ou seja, não há a habitual concentração. Em relação ao Salão Created in Cabo Verde, foi resgatado o tema contemporâneo e actual em todas as partes do mundo, que é a ecologia e o equilíbrio. “Este ano a cidade do Mindelo é o centro da feira, que acontece em todo Cabo Verde. Queremos ter industrias criativas com base no artesanato e no designer, mas que este beba no artesanato e consiga renovar. Outro aspecto importante é que a realização deste evento com base no intelecto e na criatividade dos cabo-verdianos”, frisou.
Este avançou ainda que a URDI 2020 vai, mais uma vez, homenagear a tradição e os percursos dos precursores deste certame, no caso os artesãos Alex Silva, Luisa Queiroz, Manuel Figueira e João Fortes. De referir que, a abertura desta feira contou ainda, para além do MCIC, com intervenções dos presidentes das Câmaras Municipais de São Vicente e São Miguel, do vereador da Cultura da CM do Porto Novo e do Director do CNAD.
