O Governo dos Estados Unidos vai investir 1,5 milhões de dólares a Cabo Verde para apoiar os esforços do país na mitigação da crise económica causada pela pandemia da Covid-19. O montante será concedido às empresas cabo-verdiana que trabalham em sectores de mão de obra intensiva, predominantemente mulheres e jovens.
Em nota enviada à imprensa pela embaixada dos EUA em Cabo Verde pode-se ler que o Governo de Trump está a priorizar à assistência externa para maximizar o impacto da resposta global dos Estados Unidos à Covid-19 e atender às necessidades urgentes. Neste sentido, no passado dia 21 de Agosto, o Departamento de Estado anunciou que o Governo dos EUA vai investir 1,5 milhões de dólares em Cabo Verde para apoiar os esforços na mitigação da crise económica causada pela pandemia.
“Estes fundos serão concedidos a empresas cabo-verdianas que trabalham em setores de mão de obra intensiva, predominantemente empregando mulheres e jovens. Serão investidos com o objetivo de manter empregos e permitir que essas empresas se ajustem às rápidas mudanças no ambiente económico, causadas pela pandemia”, indica, realçando que este financiamento é parte de um investimento total dos EUA de 5,8 milhões de dólares do Fundo de Apoio Económico (ESF) destinado a ajudar Cabo Verde, Zimbabwe e Djibouti a financiar esforços de mitigação de curto prazo e enfrentar os impactos da pandemia a longo prazo, em vários setores.
A Embaixada dos EUA na Praia e a Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) irão monitorar a gestão e a atribuição dos 1,5 milhões de dólares e da ajuda destinada a Cabo Verde através do Hub de Comércio e Investimento da África Ocidental. “O Hub de Comércio e Investimento da África Ocidental é uma iniciativa destinada a gerar novos investimentos privados, criar empregos e aumentar o valor das exportações com ênfase particular na capacitação de mulheres e jovens”.
A nota realça ainda que, a 13 de agosto, a Embaixada e o Hub para o Comércio estabeleceram uma parceria com a Cabo Verde TradeInvest para a realização de uma formação virtual destinada ao setor privado cabo-verdiano para promover um melhor conhecimento sobre os benefícios da Lei de Crescimento e Oportunidades para a África (AGOA), outros requisitos para exportar com isenção de impostos para os Estados Unidos e o fundo de co-investimento do Hub para o Comércio.
Esta assistência económica junta-se aos materiais no scetor da saúde que a Embaixada disponibilizou em junho ao Ministério da Saúde, através dos fundos do Gabinete de Assistência Humanitária do Comando Americano para a África, para apoiar populações vulneráveis e abastecer centros de saúde locais na luta contínua contra a COVID-19. Esta iniciativa, frisa, tem por base a histórica assistência externa dos EUA a Cabo Verde, totalizando mais de 284 milhões de dólares nos últimos 20 anos, dos quais mais de 61 milhões de dólares foram investidos no domínio da saúde.
De referir que, desde o surto da COVID-19, o governo dos EUA anunciou a disponibilização de mais de 1,6 bilhões de dólares no quadro do Departamento de Estado e da USAID em assistência emergencial de saúde, humanitária, económica e de desenvolvimento a mais de 120 países, para ajudá-los a combater a doença e os seus impactos. Trata-se de um esforço que se baseia em décadas de investimento dos EUA em assistência humanitária e no sector da saúde para salvar vidas.